Segundo a Anef (Associação Nacional das Empresas Financeiras das Montadoras), foram liberados R$ 6,4 bilhões de janeiro a novembro, ante quase R$ 8 bilhões financiados no mesmo período de 2001. Com isso, a expectativa para o ano 2002, que era de um montante de recursos de R$ 9,5 bilhões, caiu para R$ 7,1 bilhões, valor 20% menor do que os R$ 8,9 bilhões financiados no ano passado.
Para o diretor-executivo da Anef, José Romélio Ribeiro, dois fatores influenciaram negativamente os resultados deste ano: a mudança nos fundos de investimento em maio, que levou ao aumento da compra de ativos reais, como veículos, e as incertezas pré-eleitorais, que afetaram o humor do cliente. ‘‘O consumidor ficou preocupado com o futuro do país e pensou duas vezes antes de ingressar num financiamento de longo prazo’’, afirmou.
O cenário levou também à queda do número de veículos financiados pelos bancos das montadoras. De janeiro a novembro, o total de carros adquiridos por meio das associadas da Anef diminuiu 23,5%, para 520 mil unidades, ante 680 mil veículos financiados nos 11 primeiros meses de 2001. Os bancos de montadoras prevêem que o volume de 2002 alcance 600 mil unidades financiadas, ante 682 mil contratos em 2001, uma redução de 12%.
O aumento dos juros básicos, que passaram de 18% ao ano em setembro e atingiram 25% ao ano em dezembro, também mexeu com os juros dos bancos de montadoras, que passaram de uma taxa média de 2,40% no início do ano para 2,95% atualmente.
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