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PF desmantela quadrilha internacional de tráfico de drogas
Do Diário OnLine
Com Agências
17/06/2005 | 20:14
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O Departamento de PF (Polícia Federal), em cooperação com a PF da Alemanha e o DEA (a Agência Antidrogas dos Estados Unidos), deflagrou, nesta sexta-feira, a ‘Operação Tâmara’ — com o objetivo de desmontar uma organização criminosa especializada no tráfico internacional de entorpecentes, cuja maioria dos integrantes tem origem árabe. O grupo, que atua na América do Sul e na Europa, é acusado de enviar em média 60 quilos de cocaína quinzenalmente para países europeus e do Oriente Médio, a partir do Brasil.

Cerca de 200 policiais federais cumprem mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, todos expedidos pela 9ª. Vara Criminal Federal de São Paulo. O STF (Supremo Tribunal Federal) também expediu mandados de prisão preventiva para extradição de alguns integrantes da organização criminosa, a pedido do governo alemão.

A prisão de cidadãos norte-americanos envolvidos com o tráfico internacional de drogas na cidade de Istambul, na Turquia, em junho de 2004, iniciou a investigação internacional. Os americanos identificados como Alexander Czimback, Suzanne Lutz e Shelly Lantz foram presos com cerca de 25 kg de cocaína quando desembarcaram naquele país em vôo procedente de São Paulo/SP.

Segundo as investigações, iniciadas pela PF no Brasil em 2004, a cocaína vinha do Paraguai e Bolívia, e entrava em território brasileiro pela região da tríplice fronteira, principalmente pelas cidades paraguaias divisas com a região de Foz do Iguaçu/PR e Ponta Porá/MS. O esquema funcionava por meio da cooptação de pessoas para transportar a droga para o exterior, as chamadas "mulas". Os principais destinos eram Frankfurt/Alemanha, Lisboa/Portugal, e Oriente Médio. Eram usados os aeroportos do Rio de Janeiro e São Paulo, além de Salvador e Pernambuco.

Os responsáveis pelo gerenciamento de todo o esquema se organizavam em três grandes núcleos familiares, que envolvem cerca de 15 pessoas. Eles não participam diretamente do transporte da droga, mas organizam e financiam o narcotráfico em diversos países. O transporte era feito em malas, ou mesmo dentro do corpo das "mulas", que engoliam cápsulas de cocaína. Brasileiros, holandeses, canadenses, nigerianos e sul-africanos seriam os principais responsáveis por este serviço.

Os acusados responderão pelos crimes de tráfico internacional de entorpecentes, associação para o tráfico, uso de documento falso, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.




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