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Cesta básica dispara
depois de duas quedas
Vinicius Gorczeski
Especial para o Diário
12/08/2011 | 07:30
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Após duas semanas de baixas no custo da cesta básica no Grande ABC, os preços aumentaram nesta semana. O conjunto de itens passou de R$ 345 há sete dias para R$ 356,44 - alta de 3,32%. O peso no bolso pode ser minimizado com a troca de alimentos que estão mais caros por outros com o mesmo valor nutricional e mais em conta.

No lugar do arroz, que subiu 8,98% na semana e já custa R$ 6,19 (veja a arte ao lado) o pacote de cinco quilos, pode entrar o macarrão, que preenche as energias da mesma forma e o pacote de 500 gramas, que nesta semana está 1,70% mais barato, custa R$ 1,73.

Os valores da cesta foram divulgados ontem pela Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André e os alimentos para substituição são orientações da gestora do curso de nutrição da Universidade Municipal de São Caetano, Gláucia Braggion. A dica é variar no paladar diário. "Entra macarrão num dia, purê de inhame em outro, pães e batatas, que são alimentos equivalentes ao arroz."

A carne bovina de primeira é o item mais caro da cesta regional. Pode ser substituída por ovos, a R$ 3,38 a dúzia (0,59% menos que há sete dias) ou frango (R$ 3,90 o quilo).

O preço das carnes no mercado internacional, a safra bovina entre outros fatores explicam a escalada no valor dessa mistura. Na teoria, o inverno obriga os produtores a alimentarem os animais com rações, ao invés do capim que brota da terra, dieta natural dos bois nas pastagens prejudicadas pelo clima frio. Daí há repasses ao consumidor. Há exatamente um mês, o quilo da carne de primeira era de R$ 14 em média. Agora custa quase R$ 15.

Cortes menos saborosos e nobres, que cabem mais no bolso, são a preferência dos consumidores na segunda quinzena do mês. "É quando se tem bem menos dinheiro e a demanda pelo corte de segunda aumenta", conta o engenheiro agrônomo Fábio Vezzá De Benedetto.

Ideais para uma dieta saudável, os hortifrúti também não estão imunes aos preços altos. Os valores sobem e descem sem qualquer previsão. Climas seco, úmido, ensolarado e nublado são condições que interferem diretamente na produção, logo, na oferta deles. Quanto mais abundantes no mercado, menor será o desembolso para comer a salada no dia a dia. Nesta semana, calhou de o tomate dar picos nos custos. E não foi pouco: alta de 48,97%, saindo por R$ 4,32, o quilo. Neste caso, a substituição pode ser por pepino ou rabanete, que estão com preços mais atrativos. Até mesmo a melancia está custando menos e tem o mesmo valor nutricional.

A batata, também em alta, pode ser substituída por inhame ou cará. O alface por rúcula ou acelga. Já o básico feijão foi o item que mais recuou de preço na semana, 8,61%, e está nas prateleiras por R$ 2,23 em média.

 

Pesquisar preços garante boa economia no bolso

 

Pesquisar o preço é outra dica para quem quer economizar nas compras da semana. Para se ter ideia, na mesma cidade, em Mauá, está a cesta básica mais barata e a mais cara do Grande ABC. Em um supermercado do Vila América é possível encher o carrinho por R$ 323,58, segundo dados pesquisados pela Craisa. Já em um estabelecimento no Centro da cidade os mesmos itens saem por R$ 379,50.

O mesmo bairro tem ainda a carne de primeira, o coxão mole, mais caro do Grande ABC, onde os preços atingem R$ 19,19, o quilo. Esse valor é 60,1% maior que o mesmo corte encontrado em supermercado no Centro de São Caetano, que custa R$ 11,98.

Colorir o prato com o tomate - fruto com a maior variação de preços entre a semana passada e ontem, quase 50% - será desafio para o bolso do consumidor de Santo André, Mauá e Ribeirão Pires. Nessas cidades o quilo do alimento sai por cerca de R$ 5 nesta semana. Porém, se o consumidor pesquisar, conseguirá comprá-lo por cerca de R$ 3,98 nas mesmas cidades. São Bernardo e São Caetano têm preços semelhantes para esse produto.

Se o molho da macarronada encarecer o prato de domingo, o extrato de tomate é boa opção para substituir pelo fruto, cuja lata de 340 g custa em média R$ 2,88, embora tenha encarecido 35,85% nos últimos sete dias na região.

 




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