Os metroviários decidiram em assembléia nesta quinta-feira, na sede do sindicato da categoria, pela não realização de uma greve marcada para começar no dia 15 de fevereiro. A deliberação foi tomada mesmo depois do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo ter impugnado por unanimidade, também nesta quinta, o processo contra as 60 demissões do Metrô. De acordo com a decisão judicial, as dispensas dos funcionários estão de acordo com a rotatividade da empresa e com a situação da economia, o que não caracterizam demissão em massa.

No entanto, a 'guerra' entre Metrô e funcionários ainda não teve seu ponto final. De acordo com a assessoria do Sindicato dos Metroviários, a categoria se empenhar para a manutenção de vários direitos trabalhistas, como periculosidade para todos que trabalham em área de risco; plano de carreira; movimentações de pessoal pendentes; manutenção do adicional risco de vida; pagamento dos passivos trabalhistas; fim da escala 4x2x4; retirada da hora extra programada noturna; privatização do sistema de arrecadação (Metropass); reposição do quadro de funcionários; defesa do CCI (Centro de Convivência Infantil); e contra as próprias demissões.

Nos próximos dias os metroviários elaborarão uma carta com todas as reivindicações da categoria e exigirão uma resposta imediata do Metrô. Caso a empresa se recuse a responder ou mantenha as ameaças de retirada dos benefícios, os funcionários retomarão o uso do colete nas estações e a retirada do uniforme em todas as áreas da empresa.

Esta foi a segunda vez que a paralisação foi adiada. Antes, os metroviários optaram por acatar uma determinação do TRT para que não houvesse greve durante o feriado de Carnaval. A categoria pretendia cruzar os braços no dia 3 de fevereiro.