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Câmara afasta por 90 dias o prefeito de Tapiraí
Do Diário do Grande ABC
06/12/1999 | 15:45
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A Câmara de Tapiraí, a 135 quilômetros de Sao Paulo, acatou denúncias de irregularidades administrativas apresentadas pelo munícipe Franz Matijewitsch e afastou, pelo prazo de 90 dias, o prefeito Carlos Colombo (PTB). A votaçao, que teve seis votos favoráveis ao afastamento e três contrários, ocorreu na noite de sexta-feira. A Câmara formou também, por sorteio, uma Comissao de Investigaçao e Processante (CIP) para analisar as denúncias e a defesa do prefeito.

No fim dos trabalhos, que devem durar no máximo três meses, será colocado em votaçao o pedido de cassaçao definitiva do mandato. Até a tarde desta segunda, Colombo nao tinha sido notificado para deixar o cargo. Ele estava fora da cidade. Caso nao seja encontrado até sexta-feira, será notificado por edital e o vice-prefeito Kazuo Tiba (PTB) assumirá a prefeitura.

A maioria das denúncias apresentadas contra o prefeito já foi investigada pela Câmara, através de comissoes especiais. Os relatórios foram enviados ao Tribunal de Contas do Estado e ao Ministério Público.

Colombo é acusado de ter cometido irregularidades na gestao da Santa Casa, quando o hospital esteve sob a administraçao da prefeitura. Entre elas, estaria a compra de medicamentos sem licitaçao e com preços acima do valor de mercado. O prefeito foi denunciado também por ter usado verbas do Fundo de Manutençao e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) para pagar servidores nao vinculados à educaçao. A falta de informaçoes à Câmara, o nao recolhimento de impostos aos cofres públicos, irregularidades no pagamento do transporte escolar e uso da máquina para promoçao pessoal sao outras denúncias acatadas pelos vereadores.

A família do prefeito informou nesta segunda que ele viajara a Sao Paulo para visitar a mae, internada em um hospital. Segundo sua assessoria, advogados de Colombo entrarao na Justiça ainda esta semana com pedido de liminar para suspender o afastamento decretado pela Câmara. O processo que culminou com o afastamentoconteria irregularidades. O secretário municipal da Administraçao, Antônio Carlos de Campos, disse que, apesar da ausência do prefeito, os serviços municipais estavam se desenvolvendo normalmente. Segundo ele, a Lei Orgânica do Município (LOM) permite que o prefeito se ausente da prefeitura por um período máximo de 14 dias. Segundo ele, as denúncias apresentadas contra o prefeito já sao objeto de averiguaçao pelo Ministério Público que, no entanto, nao o afastou do cargo.




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