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Greves no Peru: estudante é morto em choque com a polícia
Do Diário OnLine
Com AFP
29/05/2003 | 18:26
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Pelo menos um estudante peruano foi morto nesta quinta-feira em confrontos com a polícia em Puno (sudeste), no segundo dia do estado de emergência declarado por causa das greves que paralisam diversos setores do país. O ministro da Defesa, Aurelio Loret de Mola, divulgou que o governo contabiliza ainda 59 pessoas feridas (incluindo policiais e civis) nos incidentes de Puno.

Estudantes universitário saíram às ruas de Puno nesta quinta-feira para protestar contra o estado de emergência decretado pelo presidente Alejandro Toledo. Os jovens diziam não aceitar a suspensão das garantias constitucionais num país que acabou de sair da ditadura. A manifestação acabou em violência. As forças de segurança do Estado (polícia e Exército) reagiram com tiros e bombas de gás, enquanto eram agredidas a pedradas e pauladas.

O diretor do hospital regional de Puno, Isaac Manzaneda, confirmou que o estudante Tedy Quilca Cruz foi morto com tiros no abdômen. O médico corrigiu a informação prestada anteriormente sobre o estudante Omar Saravia Quispe (inicialmente dado como morto) e confirmou que ele está internado em estado grave na unidade de tratamento intensivo, por causa de uma perfuração a bala no tórax.

O ministro Aurelio Loret de Mola havia assegurado que os militares não usariam armas na repressão aos manifestantes e que nenhum peruano seria feridos por tiros. Segundo a parlamentar Paulina Arpasi, do partido Peru Possível, quatro pessoas podem ter morrido nos incidentes desta quinta-feira em Puno.

País parado - O Peru enfrenta uma onda de greves que começou com os professores e já ganhou a adesão de agricultores, médicos, enfermeiras, servidores do Poder Judiciário e funcionários da previdência social. Nesta quinta, a polícia peruana indicou que também pode entrar em greve – fator que agravaria ainda mais o caos que impera no país. Os setores paralisados exigem aumentos de salários.

Na terça-feira à noite, Toledo decidiu decretar estado de emergência e passar o controle do país às Forças Armadas, na tentativa de acabar com as greves. O governo julgou ilegal a paralisação do setor de educação, mas os trabalhadores não retomaram as atividades. Apenas parte dos trabalhadores de saúde e agricultura voltaram ao trabalho nesta quinta.

Com agências




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