Prefeito declara que contrato deve ser assinado ainda neste mês; debate é em torno de obras imediatas em quatro bairros da cidade
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O prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), estimou que até maio a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) irá assumir o serviço de distribuição de água no município, assumindo parte das atribuições da Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá).
O chefe do Executivo mauaense se reuniu no mês passado com a diretoria da Sabesp. Na segunda-feira, recebeu o superintendente da unidade de negócio Sul da Sabesp, Roberval Tavares de Souza, para adiantar as últimas tratativas.
“A Sabesp pede de 45 a 60 dias para chegar de vez. Devemos assinar o contrato ainda neste mês, depois do dia 20, no máximo. Há uma transição até virar a chavinha”, comentou o prefeito, em visita ao Diário.
A discussão que o governo ainda trava com a Sabesp é a de execução imediata de quatro obras para melhoria no abastecimento no município. As intervenções visam reduzir – ou até zerar – as falhas no serviço nos bairros jardins Silvia Maria, Sônia Maria, Zaíra, Oratório, Santa Cecília e Parque das Américas, regiões distantes dos reservatórios e sem pressão para chegada de água nas tubulações.
“Estamos batalhando para que a Sabesp já faça, de imediato, essas obras. Haverá o investimento de R$ 219 milhões dentro do contrato de concessão (por 40 anos), mais R$ 20 milhões em convênio de recapeamento de vias. Vamos batalhar e acredito que vamos conseguir esses investimentos em curto prazo”, discorreu o socialista.
A conversa com Roberval aconteceu no mesmo dia em que a Prefeitura de Mauá iniciou a adoção da nova tabela de cobrança de esgoto do município. Por decreto, a taxa de esgoto não pode superar a tarifa de consumo de água – coleta e destinação final de esgoto são feitas pela BRK Ambiental.
Na reunião, o dirigente da Sabesp reafirmou alguns compromissos da estatal com funcionários da Sama, como estabilidade de dois anos para os concursados e de um ano aos comissionados, além de abertura de PDV (Programa de Demissão Voluntária) a quem queira se desligar da autarquia municipal, com as despesas custeadas pela empresa pública paulista.
O acordo entre a Prefeitura de Mauá e a Sabesp prevê o fim da dívida na casa dos R$ 2 bilhões – valor acumulado pela diferença entre a quantia cobrada e a paga pelo metro cúbico de água comprado no atacado. O governo Atila prevê que a Sama ainda exista, mas assumindo outras funções – como varrição, hoje a cargo da Secretaria de Serviços Urbanos.
Atila já disse se espelhar no modelo do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), que recentemente teve parte de suas atribuições cedida à Sabesp também com objetivo de zerar a dívida que Santo André tinha com a estatal paulista. “Será um novo tempo no serviço de água da cidade”, complementou o prefeito de Mauá.
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