O alto-forno está em operaçao há 15 anos e nunca sofreu reforma. O equipamento ficará parado entre maio e agosto de 2001. Com a interrupçao da produçao, a CSN ficará sem insumos para fabricar laminados - carvao e minério de ferro alimentam o alto-forno, que produz gusa, matéria-prima para o aço dos laminados. Por isso, conta Tenreiro Barroso, a CSN vai começar a estocar placas e pode comprar um suprimento da Companhia Siderúrgica de Tubarao (CST).
A CSN já bateu o martelo em outro investimento: o ambiental. Serao R$ 200 milhoes até 2001 em programas como a estaçao de tratamento biológico. "R$ 100 milhoes serao gastos até o final deste ano", afirmou o diretor-executivo.
Barroso diz que alguns investimentos trazem embutido o financiamento, caso do alto-forno 3. A empresa austríaca VAI, responsável pelos reparos, entrará com um empréstimo. "Mas é preciso o orçamento todo montado para ver se a empresa tem necessidade de funding", explicou.
A princípio nao deve haver novas captaçoes, já que a CSN tem em caixa US$ 750 milhoes, disse Barroso. A siderúrgica emitiu US$ 285 milhoes em commercial papers em setembro de 1998, com uma taxa de 8,8%, e rolou os papéis em setembro deste ano, chegando a US$ 300 milhoes.
Em junho passado, a CSN fez, segundo o executivo, a primeira emissao externa de empresa privada nao financeira depois da desvalorizaçao do real. Foram colocados no mercado US$ 175 milhoes em commercial papers, com taxa de 9%. Mais perto do vencimento, em junho do ano que vem, a empresa decidirá se irá rolar os papéis. No mesmo mês, vencem US$ 500 milhoes em euronotes correspondentes a um empréstimo no Nations Bank para a compra da Companhia Vale do Rio Doce.
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