O presidente da distrital de Richmond do Fed, Alfred Broaddus, disse nesta quinta-feira, em Viena, que a economia dos EUA começa a demonstrar sinais de enfraquecimento mas que tais indicaçoes nao sao conclusivas. Em conferência sobre política monetária realizada pelo Banco Nacional da Austria, Broaddus afirmou que "a política monetária dos EUA deve permitir que as taxas de juro no curto prazo sejam elevadas para induzir os consumidores domésticos e as empresas a serem pacientes e adiarem seus gastos até que a esperada elevaçao futura na renda esteja de fato disponível em forma de produçao doméstica mais elevada".

Segundo Broaddus, o maior problema enfrentado pelo Fed é o desequilíbrio das fontes de renda atuais e futuras. "O problema enfrentado pela política monetária é que a esperada elevaçao na renda futura, a qual tem levado a aumento da demanda por bens e serviços atuais, nao está disponível na forma de aumento na produçao de bens e serviços", disse Broaddus. "Este desencontro entre os recursos futuros previstos e as fontes atuais disponíveis, em minha opiniao, é o principal fator de criaçao do presente desequilíbrio entre a demanda e oferta agregada na economia dos EUA", acrescentou.

Broaddus alertou que o recente estreitamento da oferta de mao-de-obra nos EUA poderá levar à alta nos salários, a qual cedo ou tarde será repassada aos consumidores. "Há evidências em alguns dos dados recentes sobre os preços nos EUA e sobre o custo dos trabalhadores que o processo inflacionário pode estar começando", afirmou. A atual expansao da economia dos EUA pode ser consistente com o movimento de elevaçao de crescimento da produtividade, disse Broaddus, implicando que o limite de crescimento sem inflaçao encontra-se próximo de 3,5% e 4,0%.