O cenário acirrado que se desenha em Ribeirão Pires começa a preocupar os apoiadores do vice-prefeito e pré-candidato ao Paço, Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS). O prefeito e coordenador da campanha, Clóvis Volpi (PV), pretende participar de seminário sobre marketing na campanha eleitoral nas próximas semanas.

A ideia é contratar especialista da área de publicidade para ajudar no planejamento dos trabalhos até o fim da disputa eleitoral. A avaliação é de que a estratégia adotada, desde que o popular-socialista foi oficializado como representante do governo no pleito de 7 de outubro, ficou estagnada.

Ontem o Diário publicou que as pesquisas da administração e da oposição mostram que os três pré-candidatos ao Paço estariam empatados: Dedé, Maria Inês Soares (PT) e Saulo Benevides (PMDB).

O governo faz pesquisas periódicas sobre o desempenho do seu pré-candidato e pautadas na estabilidade de Dedé. Volpi resolveu procurar ajuda de marqueteiro para alavancar seu escolhido nos índices. O chefe do Executivo pretende levar mais cinco pessoas para fazer o curso.

O recall de Saulo e Maria Inês é um dos fatores que preocupam a pré-campanha do popular-socialista. O peemedebista e a petista concorrem a eleições desde 1992, enquanto Dedé disputou seu primeiro pleito em 2004. Ao mesmo tempo em que a tradição em disputas torna o candidato conhecido, ela traz rejeição.

Dedé não irá participar do curso, que não deve ser feito em São Paulo. Ele continuará na cidade para tocar o trabalho junto aos partidos aliados. Contudo, o popular-socialista ressaltou que a busca por um profissional é importante. "Acho que isso só vem a contribuir. Hoje sou pré-candidato, mas quando fui eleito vice-prefeito (em 2008) comecei a fazer pós-graduação em Gestão de Cidades", afirmou.

PASSADO

Para convencer os aliados de quem o investimento em marketing é válido, Volpi tem citado como exemplo a sua primeira eleição majoritária, em 2004. Na ocasião, o verde avaliou que ganhou a disputa porque o ex-prefeito e líder nas pesquisas, Valdírio Prisco (PMDB), não mudou sua estratégia de marketing durante os três meses de campanha.