As autoridades locais ordenaram nesta quarta-feira a saída de turistas e não residentes da região dos Keys, no sul da Flórida, devido à aproximação do furacão Wilma, que atingiu a potência máxima e poderá atingir a zona entre sexta-feira e sábado.

A agência de emergência do condado de Monroe, que tem jurisdição sobre essa rede de ilhas do sul da Flórida, decidiu antecipar as ações de emergência pelo aumento da intensidade do Wilma, que agora é um furacão de categoria 5, a máxima na escala Saffir-Simpson, com ventos de 300 km/h.

A evacuação obrigatória de visitantes começou na quarta-feira ao meio-dia, ainda que o Wilma se encontre a mais de 700 km a sudoeste de Key West (a ilha mais ao sul).

A agência disse que planeja ordenar a evacuação dos moradores a partir de quinta-feira ao meio-dia, "se o Wilma continuar com sua trajetória prevista, atingindo os Keys no sábado".

A evacuação dos Keys, onde vivem cerca de 80 mil pessoas, está sendo feita com bastante antecipação, já que eles estão ligados à península da Flórida por uma longa estrada de duas mãos, com inúmeras pontes sobre o mar.

O último furacão que atingiu a área foi o Rita, no final de setembro, que não deixou grandes danos além de longos apagões e algumas inundações costeiras.

Se o Wilma prosseguir em sua trajetória, os Keys e eventualmente o sul da Flórida poderão ficar no "lado sujo" do furacão, que possui os ventos mais fortes e as chuvas mais intensas.

A península da Flórida já foi devastada em 1992 pelo Andrew, que até a chegada do Katrina, no final de agosto passado, era o furacão com maior potencial de destruição a atingir os Estados Unidos, deixando mais de 20 mortos e 34 bilhões de dólares em perdas.

As autoridades estaduais pediram aos moradores que se preparem desde hoje para a chegada de Wilma, possivelmente pela cidade de Fort Myers (sudoeste).

"Mesmo que ainda seja muito cedo para ser específico sobre um ponto de impacto, os residentes dos Keys, do meio oeste, sudoeste e sul da Flórida devem se preparar como se fossem ser atingidos por um furacão maior", informou o escritório estatal de gestão de Emergências.