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Nome de entidade provoca polêmica na sessão de R.Pires
Do Diário do Grande ABC
27/05/2004 | 23:23
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Discussões marcaram a sessão desta quinta na Câmara de Ribeirão Pires. Com cerca de 100 pessoas na Casa, o trabalho dos vereadores se concentrou em, praticamente, sabatinar a pré-candidata a vice-prefeita na chapa de Valdírio Prisco (PMDB), Lair Moura (PRP), a respeito da mudança de nome da entidade que ela preside – de Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) para Apaei (Associação de Prevenção, Atendimento Especializado e Inclusão da pessoa com deficiência). Depois de duas horas, ao final dos questionamentos, algumas pessoas que assistiam à sessão e são ligadas a APAEI discutiram com os vereadores.

Lair argumentou que a mudança ocorreu em dezembro do ano passado e teve como causa uma divergência entre a federação e a então APAE de Ribeirão Pires. Segundo ela, a Apae é uma entidade que objetiva a educação e, conseqüentemente, a inclusão de crianças excepcionais à sociedade. Já a entidade por ela presidida, segundo ela, tem por meta “discutir a saúde da cidade” oferecendo tratamento às pessoas com alguma deficiência. Como o nome “Apae” está registrado pela entidade, Lair disse que, para sair das diretrizes em Ribeirão Pires, teria de mudar o nome da “casa”.

Lair falou que já havia enviado aos vereadores documentos que mostravam a mudança de nome da entidade. “Nós estamos prestando contas sim. Mas os vereadores não leram”, alfinetou ao mostrar dois documentos que foram enviados a Casa em fevereiro e abril. “Se (isso) foi lido na sessão, os vereadores não podiam alegar ignorância”, complementou.

A presidente fez questão de dizer que a nova instituição já está regulamentada em âmbitos estadual e federal, e que os repasses, que antes iam para a Apae de Ribeirão, já estão indo para a Apaei da cidade.

Discussão – O motivo da confusão sobre o nome da instituição nasceu na sessão da semana passada. Todos os vereadores, com exceção do presidente da Câmara, Edson Savietto, o Banha (PT), assinaram um requerimento solicitando informações à Federação das Apaes do Estado de São Paulo e à Prefeitura sobre a “alteração da razão social da entidade”. O fato de os vereadores não terem enviado o documento para Lair a ofendeu e ela decidiu dar as explicações na própria tribuna da Casa.

Conforme a presidente dava as explicações, mais complicada ficava a sessão. O público ora vaiava, ora aplaudia, vereadores trocavam farpas e a presidente continuava o seu discurso, apoiada em documentos e argumentos inflamados. Com esse cenário na Câmara, o estopim foi a ida do vereador José Maria Adriano (PMDB) à tribuna. Ele, que é aliado de Prisco e Lair, tratou de dizer que o requerimento era uma manobra eleitoral.




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