O jornal de esquerda indicou que vai apresentar um recurso ao Tribunal Supremo de Londres para reclamar que sofra emenda ou seja suprimida a lei sobre atos de traição e de rebelião.
O Guardian acha que esta lei é contrária à Convenção Européia de Direitos Humanos, integrada ao direito britânico em outubro de 2000 e, em particular, a seu artigo 10 sobre a liberdade de expressão.
O jornal visa questionar igualmente outra lei, a Act of Settlement, que remonta a 1701 e que estipula que o acesso ao trono está vetado aos não-anglicanos.
‘‘A lei sobre atos de traição e rebelião é um dos muitos exemplos do absurdo e do arcaismo jurídico que cercam a monarquia britânica’’, estima o chefe de redação do Guardian, Alan Rusbridger.
O jornal explica que, antes de lançar uma campanha em favor da abolição da monarquia, em dezembro de 2000, quis assegurar-se de que não corria riscos de ser julgado. As autoridades britânicas recusaram então a dar garantias a respeito, apesar de nenhum procedimento ter sido aberto contra o Guardian.
As pesquisas indicam que aproximadamente a metade dos britânicos questionam a pertinência da instituição monárquica.
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