Quinta-feira à noite, o sindicato mais ativo na organizaçao dos bloqueios deu ordem de levantar as barricadas e nesta sexta-feira só restavam alguns caminhoes em vários pontos do país, segundo o ministério do Interior.

Mas a federaçao em questao nao aceitou o pré-acordo alcançado esta quinta-feira para baixar o preço dos combustíveis, já que nao inclui o corte dos impostos. No entanto, depois da severa intervençao do primeiro-ministro belga, Guy Verhofstadt, assegurando que nao iria ``tolerar que uma pequena minoria de caminhoneiros causasse danos irreparáveis à economia', a Uniao Profissional de Transporte por Estrada (UPTR) decidiu acabar com o bloqueio.

A UPTR nao aceita um acordo que nao inclua uma diminuiçao dos impostos sobre combustíveis, nem a adoçao de uma tarifa para o combustível para uso profissional.

O acordo abrange um novo sistema de pagamento de imposto de circulaçao e a diminuiçao dos impostos sobre os seguros, para o que o Governo desbloqueará 3,85 bilhoes de francos belgas (94,2 milhoes de euros) .

Outras medidas do acordo sao a introduçao de cláusula de revisao dos preços no caso de alta da gasolina nos contratos entre setor de transportes e seus clientes, assim como a devoluçao do imposto de circulaçao e isençoes fiscais em alguns casos específicos.

Além disso, o governo vai anunciar nesta sexta-feira uma diminuiçao do preço do combustível de calefaçao para pessoas com rendas inferiores a 18.600 euros ao ano. Da mesma forma, as autoridades comprometeram-se em defender, no primeiro semestre de 2001, quando a Bélgica vai presidir a Uniao Européia, um imposto sobre o valor agregado (IVA) de 0,9% para qualquer tipo de transporte coletivo.

Enquanto isso, os ministros de Transportes da UE se reuniao na próxima quarta-feira, em Bruxelas, para analisar as conseqüências da alta dos preços do petróleo em seu setor.