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Tribunal confirma sentença contra ex-integrante da ditadura chilena
Da AFP
15/03/2005 | 19:54
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Um tribunal de apelações dos Estados Unidos confirmou uma sentença milionária contra o chileno Armando Fernández Larios, acusado de participar da 'Caravana da Morte', em 1973, pela família de um funcionário do governo que ele teria assassinado em outubro desse mesmo ano.

A decisão do tribunal do 11º Circuito de Apelações de Atlanta (Geórgia, sudeste), emitida nesta segunda-feira à tarde, confirma o veredicto de um júri federal em Miami (Flórida, sudeste) e todos os delitos dos quais Férnandez Larios é acusado, como tortura, crimes contra a humanidade e execução sumária.

O réu alegou à Corte, entre outras coisas, que os crimes dos quais é acusado haviam prescrito e que, de todas as formas, nunca participou deles. O júri de Miami, onde mora Fernández Larios, o havia condenado a pagar US$ 3 milhões em indenizações e US$ 1 milhão em danos morais.

A vítima de Fernández Larios, Winston Cabello, era diretor do Escritório de Planejamento Regional em Copiapó (norte do Chile) e foi preso depois do golpe de Estado de 11 de setembro de 1973, comandado por Augusto Pinochet.

Segundo os documentos, Winston Cabello foi esfaqueado por Fernández Larios em outubro de 1973, depois de se negar a descer do caminhão que o transportava, ao lado de outros 12 prisioneiros, de Copiapó a La Serena.

Os corpos dos 13 executados foram exumados em 1990. A família de Cabello apresentou a demanda em Miami, em 1999, amparada por uma lei que permite que vítimas de abusos de direitos humanos possam fazer uso de tribunais americanos quando estiverem no país.

Fernández Larios, segundo as provas apresentadas, era um dos seguranças do general Sergio Arellano Stark, que comandou a 'Caravana da Morte' pelo norte do Chile entre setembro e outubro de 1973, executando dezenas de pessoas.




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