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Panamenho dita o tom no basquete de S.Bernardo

Armador brilha em quadra e se destaca pela cordialidade

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
29/04/2012 | 07:30
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Criado sob rígido sistema da igreja evangélica, o panamenho Joel Muñoz aprendeu desde cedo a valorizar as relações interpessoais independentemente da atividade ou condição social. E isso o faz diferente em uma quadra de basquete. Jogador da Metodista/São Bernardo,ele demonstra simplicidade ao se curvar diante de todos os profissionais - desde os garotos dos rodos até os árbitros - antes de a bola subir.

"Gosto de saudar a todos, independentemente do trabalho que realizam. Sempre fui assim. Todos são importantes e, por isso, merecem o meu respeito", ensina ele, se esforçando para falar em português.

Parte integrante da seleção do Panamá há 14 anos e titular absoluto nos últimos quatro, Muñoz está no Brasil desde 2007. Ele defendeu o Bahia e jogou duas temporadas do NBB (Novo Basquete Brasil) pelo Vitória (ES), antes de desembarcar em São Bernardo para disputar o Campeonato Paulista. Rapidamente se tornou o destaque do time e ocupa as primeiras posições nas estatísticas dos melhores em assistências e bolas recuperadas.

Além da cordialidade incomum, outro aspecto chama atenção no armador. Ele mede apenas 1,76 metro, estatura considerada baixa para a modalidade. "Sempre me perguntam como me viro com essa altura. Tento compensar com agilidade e jogar de forma inteligente, acionando meus companheiros quando recebo marcações mais altas", explica.

Muñoz, 32 anos, está encantado com a estrutura do basquete brasileiro, segundo ele, incomparável com as outras praças do Continente - além do Panamá, o armador acumula passagem por clubes uruguaios e mexicanos. "O Brasil está à frente e tem evoluído muito nas últimas temporadas, tanto que voltou para a Olimpíada após 16 anos. A estrutura que tenho aqui em São Bernardo é uma das melhores que já tive", orgulha-se.

A experiência do armador será fundamental no sonho do São Bernardo em se classificar entre os cinco times que avançam à segunda fase do Paulista. E Muñoz garante que irá se esforçar ao extremo para que isso aconteça, já que a vaga significa continuidade na equipe. "Meu contrato vai até o fim dessa fase. Se conseguirmos nos classificar vamos prorrogar o acordo. É nisso que estou focado", garante.

Para matar saudades da mulher Charlotte e do filho Bryan, que continuam no Panamá, o armador usa a internet. "Exijo computador e TV a cabo nos clubes onde jogo. Passo horas e mais horas vendo meus familiares pela câmera e assim me sinto mais próximo", ressalta ele, manifestando o último desejo para se fixar definitivamente no Brasil. "A Metodista estuda trazer meus familiares para morar comigo no futuro. Isso seria perfeito, pois poderia unir as minhas maiores paixões", finaliza o armador, que traz enorme tatuagem no ombro direito na qual une basquete e religião.




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