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Justiça britânica nega uso de embriões contra vontade do pai
Das agências
01/10/2003 | 21:27
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A Justiça britânica proibiu, ontem, que duas mulheres utilizem seus embriões congelados para engravidar contra a vontade de seus ex-companheiros, dos quais estão separadas. Natallie Evans, 31 anos, e Lorraine Hadley, 38, compareceram à Alta Corte para questionar a lei que estabelece que os embriões surgidos de fecundação em proveta devem ser destruídos se o pai e a mãe não concordarem que sejam utilizados.

Natallie e Lorraine tinham iniciado tratamentos de fecundação em proveta com seus ex-companheiros, dos quais se separaram depois. Eles não queriam que esses embriões fossem utilizados.

O juiz Nicholas Wall alegou que os parceiros teriam de autorizar a implantação dos óvulos. Natallie e Lorraine alegavam que os embriões eram a única alternativa de engravidar, já que ficaram estéreis por problemas de saúde, e congelaram os embriões antes da doença.

O juiz disse estar sensibilizado pelo problema, mas alegou que mudar uma lei como essa é de responsabilidade do Parlamento, e não da Alta Corte. Natallie decidiu congelar seis embriões após iniciar um tratamento para câncer no ovário, que a deixou estéril.  

Separação – Para gerar o embrião, um óvulo dela foi usado com um espermatozóide de seu ex-namorado, Howard Johnston. Porém, o casal se separou mais tarde, e Johnston exigiu a destruição dos embriões.

Lorraine tem uma filha de 17 anos de outro casamento e perdeu a fertilidade por conta de problemas médicos. Ela congelou dois embriões quando era casada, porém seu ex-marido que não autorizou o uso após a separação.

A lei britânica determina que embriões não podem ser implantados em uma mulher, a não ser que os dois parceiros envolvidos autorizem.




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