Ele afirmou também que o consumo industrial de energia elétrica subiu 3% em junho deste ano (antes do racionamento) em comparação com junho do ano passado. Entre 1980 e 1997, entretanto, o consumo de energia elétrica por unidade revelou uma queda de 21%, de 1.049,82 mW/unidade para 826,96 mW/unidade.
Causas – A queda pode ser explicada por vários fatores, entre eles a redução do ritmo de atividade da indústria (diante de retração nas vendas, por exemplo); o aumento da eficiência energética (com a compra de novos equipamentos e adoção de novos processos, mais econômicos); a entrada em cena de outras fontes de energia, como o gás natural; e também pelo fechamento de unidades industriais.
Para o engenheiro elétrico Eduardo de Moraes Rodrigues, a tese que ganha mais força é a da eficiência energética. Ele é gerente de planejamento da Solvay Indupa, fabricante de cloro-soda que consome entre 70 mW e 80 mW, o suficiente para abastecer 70% do Pólo de Capuava ou quase todas as residências de Santo André. Coordenador do grupo de sinergia do setor, ele contou que grandes empresas investiram em novos equipamentos e reduziram o consumo de energia em 30% para escapar das altas tarifas praticadas pelas distribuidoras.
O engenheiro afirmou que o número médio de consumo por unidade industrial poderia ser puxado também pelo aquecimento da economia, expresso na elevação do Produto Interno Bruto (PIB). "Não houve grande expansão industrial, e o aumento de produção industrial nestes anos não teve impacto no consumo de energia porque as empresas reduziram gastos. Com a mesma energia, fazem muito mais."
A pesquisa também revela que a região atrai a cada ano mais empresas de comércio e serviços. O número de instalações elétricas em empresas destes setores passou de 24.580 unidades em 1980 para 55.305 em 1997 ou 44% mais, sem quedas no percurso. Neste ano, o número subiu para 67,3 mil unidades.
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