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Exportaçao de café dependerá de aprovaçao oficial
Do Diário do Grande ABC
16/06/2000 | 16:10
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Toda a saca de café embarcada pelo Brasil, a partir desta sexta-feira, precisará passar pelo crivo do governo federal, que fará o controle das vendas da commodity ao exterior. O clima no segmento exportador é de tensao com a novidade, já que desde a extinçao do Instituto Brasileiro do Café (IBC), no final de 1989, o setor se auto-gerenciava. "Nao estamos podendo efetuar embarques porque nao tem café retido", afirma o presidente do Conselho dos Exportadores do Café (Cecafé), Jorge Esteve Jorge.

O prazo para que essa situaçao se normalize ainda é uma incógnita. Manoel Bertone, vice-presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), entidade que representa os produtores, acredita que até meados da próxima semana a novidade será internalizada e as dúvidas elucidadas.

Com as medidas, o governo chamou novamente para si a responsabilidade de ordenar o comércio brasileiro. Mas ainda há dúvidas sobre os procedimentos. Embora tenha ficado claro ao mercado que a retençao acordada com a Associaçao dos Países Produtores de Café (APPC) diz respeito ao país e nao a um setor específico, há dúvidas em relaçao aos embarques efetuados até ontem e também sobre a forma como os novos serao efetuados. Isso porque os registros de venda serao autorizados levando em conta o volume retido.

Se o país tem em seu estoque de retençao mil sacas certificadas, significa que ele poderá liberar registros para exportaçao de cinco mil sacas. A emissao de registros cresce a medida que aumenta o volume de cafés certificados, independente de sua origem, seja de exportador ou produtor.




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