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Roubo de carga no Nordeste está ligado ao narcotráfico
Do Diário do Grande ABC
25/03/2000 | 16:06
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No Nordeste, o roubo de carga está ligado ao plantio da maconha nas ilhotas de difícil acesso do Rio Sao Francisco, regiao conhecida como Polígono da Maconha. 'O roubo de carga está vinculado diretamente com o narcotráfico``, afirma o presidente da Federaçao das Empresas de Transporte de Carga do Nordeste e da recém-criada Associaçao Brasileira dos Transportadores de Cargas (ABTC), Newton Gibson.

Segundo Gibson, os traficantes pagam R$ 100 para os trabalhadores transportarem um saco de maconha até o ponto de embarque, em geral nas margens das rodovias e estradas vicinais. 'É uma regiao de difícil acesso e a repressao policial é precária``, afirma.

Retraçao - Durante dois meses no ano passado, uma operaçao conjunta reuniu as polícias Federal, Militar, Civil e o Exército no combate ao narcotráfico. Nesse período, houve uma retraçao no roubo de carga, afirma Gibson. Terminada a operaçao, a criminalidade voltou a atuar.

A criaçao nesse mês de uma Delegacia da Polícia Federal, em Juazeiro, regiao do Polígono, é considera uma 'vitória`` pelo presidente da ABTC. É comum no Nordeste, explica Gibson, os ladroes, por meio de celular, identificarem a carga que lhes interessa no momento em que os caminhoneiros param nos postos fiscais para apresentar a documentaçao da mercadoria.

'Antigamente, o bandido procurava a carga que ia roubar. Hoje ele identifica antes do assalto. O roubo é encomendado e o bandido já sabe a quem entregar o produto``. A precariedade das estradas no Nordeste também facilita o roubo de carga e os assaltos a ônibus.




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