A comissao é formada por 15 economistas-chefes de bancos que atuam no Brasil. Hoje, ela divulgou novas previsoes para o desempenho da economia brasileira, que sao renovadas a cada dois meses. Apesar de o relatório dizer que a avaliaçao sobre a política dos juros ter sido feita por parte destes economistas, a superintendente técnica da Andima, Valéria Coelho, afirmou que a crítica foi "praticamente um consenso".
Os analistas afirmam que o governo adota a mesma postura quando analisa o chamado "Risco Brasil", a percepçao de risco de investimento na economia brasileira, para o mercado externo. Para os economistas o Banco Central (BC) olha apenas o risco de curto prazo, mostrado pelo desempenho dos títulos do governo brasileiro. E nao leva em conta as perspectivas de médio e longo prazo, demonstrados pelos investimentos externos diretos - previstos em US$ 24,6 bilhoes neste ano e US$ 20,8 em 2001 pela Andima. A política conservadora do Copom e do Banco Central (BC) fará com que os juros nominais terminem o ano em 17,9%, segundo a comissao. Eles também projetam uma reduçao lenta para o próximo ano - quando a taxa deverá baixar para 15%. Somente em 2001 os analistas esperam um crescimento de 4% do PIB, quando o seu valor chegará a US$ 652,9 bilhoes.
A Comissao de Acompanhamento Econômico também nao aguarda uma reduçao rápida do desemprego. A taxa média deste ano, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deve ficar em 7,7%, baixando para 6,9% em 2001. Por causa da permanência da alta do petróleo e do aumento das importaçoes maior do que o esperado, com a recuperaçao econômica, a projeçao de saldo da balança comercial foi reduzida de US$ 3,9 bilhoes para US$ 2,5 bilhoes neste ano.
A inflaçao, medida pelo Indice de Preços ao Consumidor (IPCA) do IBGE, deve ficar em 6,1% neste ano - apenas 0,1 ponto percentual acima da meta fixada pelo Ministério da Fazenda para ser atingida pelo BC. Para o ano que vem, a estimativa é de 4,4%. A meta de inflaçao do BC em 2001 é de 4%.
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