O julgamento havia sido interrompido pelo pedido de vista do ministro Franciulli Netto, após a relatora, ministra Eliana Calmon, votar condenando o delegado responsável pela denúncia a ressarcir os cofres públicos daquilo que for pago de indenização aos proprietários da escola. Para ela, não foi a veiculação do assunto pela imprensa e sim a conduta “irresponsável” do delegado, mediante “acusações levianas”, que levou os proprietários a serem repudiados e quase linchados pela população, perdendo não só a honra, mas o estabelecimento de ensino.
A ação de indenização se deu porque em 29 de março de 1994 o delegado que conduzia as investigações deu entrevista à Rede Globo de Televisão afirmando “com todas as letras” que houvera violência sexual contra os estudantes da Escola Base. Para Eliana Calmon, a segurança transmitida pelo delegado, ao narrar com suas próprias palavras o que apurava, deu à imprensa o respaldo necessário à divulgação no dia 29 de março de 1994.
Com informações da Agência Brasil
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