Sem comentar os planos americanos de utilizar sua base naval em Guantánamo, Cuba, para abrigar temporariamente 20.000 albano-kosovares, o governo cubano disse que ``nao colocará qualquer obstáculo e, até, está disposto a cooperar' com qualquer esforço humanitário.
``As vítimas inocentes, de qualquer nacionalidade, etnia ou religiao, devem receber o máximo auxílio, tanto dentro quanto fora da Iugoslávia', declarou a chancelaria cubana.
``Cuba apóia com igual determinaçao a busca urgente de uma soluçao razoável e justa do conflito. A guerra deve cessar antes que se produzam desastres ainda maiores de caráter humano, econômico, político e militar, que nao beneficiam a ninguém no mundo', acrescentou a chancelaria.
A declaraçao, publicada na primeira página do Granma, o jornal do Partido Comunista Cubano, também censurou os ataques da OTAN à Iugoslávia, afirmando que a Aliança ``caminha para uma luta interminável e um genocídio injustificável e inútil em pleno coraçao da Europa'.
Essa declaraçao foi divulgada dois dias depois que Raul Taladrid, vice-ministro de investimentos estrangeiros, censurou os planos de usar Guantánamo para abrigar os refugiados.
A chancelaria salientou que as opinioes do vice-ministro eram estritamente pessoais.
Os 20.000 refugiados kosovares que serao enviados para Guantánamo nao terao direito de pedir asilo ou qualquer outro benefício porque Guantánamo é uma base militar e nao território americano.
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