A Câmara de São Caetano aprovou por unanimidade na sessão de ontem o projeto de lei do Executivo que concede bolsas de estudos para alunos da FAPSS (Faculdade Paulista de Serviço Social) do município. A nova lei beneficiará 60 discentes da instituição com desconto de 30% no valor da mensalidade, que hoje é de R$ 612.

A porcentagem da bolsa prevista no projeto foi objeto de discussão prolongada entre os vereadores. Os primeiros a reclamarem bolsas integrais foram os oposicionistas Edgar Nóbrega (PT) e Gilberto Costa (PP). "Se o ProUni oferece 500 mil bolsas de estudo integrais em um País pobre e continental, por que São Caetano, cidade rica, não faz o mesmo?", indagou o petista. "Muitos não poderão arcar com os 70% restantes", justificou o parlamentar.

Nóbrega conseguiu o compromisso do líder de governo Paulo Bottura (PTB) em analisar futura proposta de emenda. "Devemos refletir sobre os 30%", limitou-se a dizer o petebista. Cidão do Sindicato (PDT), que participou de sua primeira sessão como vereador, seguiu a linha de Bottura. "Esta porcentagem está aquém do que muitos necessitam."

Já o projeto que prevê a entrega da letra do hino de São Caetano à população em eventos oficiais do município teve votação adiada por pedido de vista (retirada para melhor avaliação) solicitado por Bottura e aprovado pelos demais vereadores.

NOVO VEREADOR - A sessão de ontem na Câmara de São Caetano foi a primeira de Aparecido Inácio da Silva, o Cidão do Sindicato, na vereança. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade ocupa temporariamente a cadeira deixada por Joel Fontes (PMDB), licenciado da Casa até o fim do mês para administrar assuntos particulares.

Cidão deixou claro que em seu curto período no Legislativo irá elaborar projetos que visem dar mais garantias e segurança aos trabalhadores. A grande preocupação do pedetista é com relação ao boom imobiliário, que, segundo o novo vereador, tem invadido o espaço empresarial do município.

"Nosso parque industrial vem passando sufoco pela ganância imobiliária. É preciso preservá-lo para que não haja vazão de empresas, o que acarretaria perda na arrecadação do município e desestabilidade nas famílias dos empregados."