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Enterrado corpo de professora morta em seqüestro no Rio
Do Diário do Grande ABC
14/06/2000 | 16:18
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A professora Geisa Firmo Gonçalves, 20 anos, assassinada segunda-feira por Sandro do Nascimento, depois de quatro horas de seqüestro de um ônibus, no Rio, foi enterrada quarta-feira, por volta do meio-dia e meia no cemitério municipal Bom Jardim, em Fortaleza.

De acordo com a Polícia Militar, cerca de 10 mil pessoas acompanharam o cortejo, que saiu às 10h30 da casa do tio de Geisa, coronel PM Antônio Ivan Macedo, no bairro Joao XXII. Ela morava no local antes de mudar-se para o Rio.

O corpo de Geisa foi velado durante toda a madrugada na casa da família, apenas pelos mais parentes e amigos mais próximos.

Quarta-feira , antes do enterro, durante meia hora as pessoas puderam despedir-se da professora, na capela do cemitério. Um buzinaço de 10 minutos, feito por cerca de 40 carros, três ônibus, dezenas de motos e bicicletas, foi a última homenagem prestada a Geisa Gonçalves, sepultada no túmulo da mae, falecida há quatro anos.

Sob chuva fina, Geisa foi enterrada sem a presença do companheiro Alexandre Magno Alves, que desmaiou ainda no velório. Ele tomou calmantes e ficou em estado de observaçao no ambulatório do cemitério.

O pai de Geisa, o cortador de papel Gilson Gonçalves, de 48 anos, disse que a filha ao decidir ir embora para o Rio por causa do namorado traçou seu próprio destino. "Foi a vida que quis assim", afirmou conformado.

Já o tio da professora cearense, coronel Ivan Macedo, 47 anos, culpou a Polícia Militar carioca pela morte da sobrinha. "Os policiais cometeram muitos erros que acabaram por culminar com o assassinato de Geisa", lamentou.

O corpo de Geisa chegou ao antigo aeroporto Pinto Martins por volta da meia-noite, em jatinho fretado pelo Governo do Estado do Rio, e foi levado para a casa 1.127 da Rua Monsenhor Vicente Martins, no bairro Bom Jardim.

As 10 h, horário inicialmente marcado para o enterro, foi pedido reforço policial, pois a multidao ameaçava invadir a casa , que ficou todo tempo fechada. Três viaturas e trinta homens da Polícia Militar acompanharam o cortejo.

A irma de Geisa por parte de mae (Maria Elisângela) e sua prima (Mirteslândia) receberam do governador Anthony Garotinho toda garantia de que a família nao ficará desamparada. Mesmo assim a família já constituiu advogado que vai à Justiça contra o Estado pedir indenizaçao pela morte.




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