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Morando fala em 'pegar no pé' da Sabesp
Raphael Ramos
Do Diário do Grande ABC
16/09/2008 | 09:25
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Dois dias depois de fazer campanha com a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena, o candidato à Prefeitura de São Bernardo Orlando Morando (PSDB) fez corpo a corpo no Jardim Uiriçaba e ouviu queixas sobre a falta de coleta de esgoto. Morando engrossou o coro dos moradores e prometeu, se eleito, "pegar no pé" da Sabesp, que é vinculada à Pasta de Dilma e responsável por esse tipo de serviço.

"Hoje, na questão da infra-estrutura, a principal deficiência do Jardim Uiriçaba é o esgoto. Existe a rede, mas o morador não pode usar, pois não tem o sistema de coleta. Esse é um dever da Sabesp, que tem a obrigação contratual, e por isso vamos cobrar", afirmou.

A Sabesp tem tido papel de destaque na campanha de São Bernardo. Os oposicionistas Luiz Marinho (PT) e Alex Manente (PPS) criticam os serviços prestados e garantem que irão rever o contrato com a empresa. Já o governista Orlando Morando defende a manutenção da Sabesp na cidade, mas promete fiscalizá-la com maior rigor. "A Sabesp precisa cumprir prazo. O poder público tem por hábito dar prazo ao cidadão, mas não faz isso com seus serviços", disse. "A Sabesp é a primeira que vamos pegar no pé."

O tucano pretende, em um possível governo, criar uma agência municipal para vigiar e verificar a entrega de serviços de empresas como Sabesp, Eletropaulo e Telefônica. "Aqui vai ter regra e norma. São Bernardo não é terra de ninguém", declarou.

Apesar de a Sabesp ser um dos principais ‘alvos' da proposta de Morando, o tucano disse ter recebido a aprovação de Dilma. "A agência não será ouvidoria. Quem não cumprir prazo, será multado pesadamente. A secretária ouviu, engoliu e reconheceu que é um direito da Prefeitura ter essa prerrogativa. Na nossa gestão não vai ficar no prazo do Deus dará", disse.

Apoio - Morando afirmou segunda-feira que ainda costura a participação de líderes do PSDB em sua campanha. Até agora, o tucano contou com o governador José Serra, o deputado federal José Aníbal e a secretária estadual de Saneamento e Energia, Dilma Seli Pena. A medida visa neutralizar a tática de Luiz Marinho, que tenta atrelar a candidatura petista ao governo federal.




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