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PIB dos EUA cresce 3,1% no segundo trimestre
Da AFP
28/08/2003 | 18:34
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O crescimento dos Estados Unidos no segundo trimestre de 2003 foi muito maior do que o previsto, graças ao consumo e aos gastos militares, mas também devido ao comportamento das empresas que parecem ganhar confiança na recuperação da economia. O Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 3,1% no período, mais do que os 2,4% anunciados inicialmente, segundo informou nesta quinta-feira o Departamento do Comércio.

"A economia realmente caminhou bem na primavera e a atividade esteve perto do seu potencial pleno", opinou o economista Joel Naroff. O PIB americano já havia registrado alta de 1,4% no primeiro trimestre. Este aumento de 3,1% do PIB é o mais importante desde o terceiro trimestre de 2002 e foi uma boa surpresa para os analistas, que esperavam um aumento de 2,9% no segundo trimestre deste ano.

"A revisão para cima indica um crescimento mais forte", explicou o economista Sung Won Sohn, do banco Wells Fargo. Além disso, confirma os sinais de recuperação da economia, que aparecem um atrás do outro, e sinalizam para um outono positivo, se o emprego também se recuperar.

O crescimento americano foi de 1,4% no terceiro trimestre e 4% nos últimos três meses do ano. Contando o segundo trimestre de 2003, o PIB avançou durante sete trimestres consecutivos. O crescimento no segundo trimestre aumentou graças aos gastos com o consumo, aos da Defesa, e aos investimentos das empresas. Devido à guerra no Iraque, os gastos militares cresceram 45,9%, a maior alta desde o terceiro trimestre de 1951, durante a Guerra da Coréia.

Os gastos com o consumo, tradicional propulsor do crescimento, foram melhores do que o previsto no segundo trimestre, com um aumento de 3,8% em comparação com os 3,3% da primeira estimativa e dos 2% no primeiro trimestre.

As compras de bens duráveis, como automóveis, foram as que mais impulsionaram os gastos do consumo, com uma alta de 24,1%. Os investimentos das empresas também aumentaram 8% (em comparação com os 6,9% estimados anteriormente), a maior alta desde o segundo trimestre desde 2000. "Isto é muito bom porque sugere que as empresas já sentem em parte a reativação", disse Sal Guatieri, do grupo financeiro BMO. Os gastos públicos foram o segundo motor do crescimento no segundo trimestre com uma alta de 25,2%.

A demanda final - variação do Produto Interno Bruto menos os estoques - subiu 4% contra 3,2% na primeira estimativa, depois dos 2,3% do primeiro trimestre. A balança comercial pesou para o crescimento, contribuindo com o equivalente a 1,2 ponto percentual do PIB.

O índice dos preços ao consumidor, uma medida da inflação, subiu 0,7%, depois dos 2,7% do primeiro trimestre. Sem contar a alimentação e a energia, a alta seria de 0,9%."Se somarmos as baixas taxas de juros e a redução dos impostos pelo governo, o segundo trimestre aparece como uma formidável plataforma para o crescimento no próximo ano", disse David Littmann, economista chefe do Comerica Bank.




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