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Para participar da implementação da GSM no país, a Siemens inaugurou uma linha de produção de celulares em Manaus e já vendeu 200 mil aparelhos para as operadoras Oi e TIM, pioneiras na utilização do GSM no Brasil. A Oi é a nova operadora de telefonia móvel da Telemar, que começa a operar em abril na banda D nos 16 Estados de concessão da Telemar (São Paulo não está incluído), e também oferecerá o General Packet Radio Service (GPRS), conhecido por 2,5G. A TIM, por sua vez, deve operar nas bandas D e E em todo o Brasil a partir de março.
Entre os celulares GSM da Siemens produzidos em Manaus estão produtos de menor custo, destinados ao mercado de pré-pagos, e sofisticados, para o segmento business. Os aparelhos oferecem recursos como o GPRS, acesso de alta velocidade à Internet sempre on-line. O GPRS é a evolução da GSM com velocidade de até 145 kbps.
Outras funções da GSM são a Internet WAP, com serviços como e-mail, news, cotações de bolsa, leilões e vendas eletrônicas; SMS (Short Message Services); IrDA (interface com infravermelho para troca de dados); organização pessoal e comandos de voz. Entre os aparelhos importados que a Siemens trará para o Brasil está o SL45, que possui MP3 Player com 128 MB de memória e capacidade de gravação de até cinco horas de conversação.
Segundo o diretor da área de telefones celulares da Siemens, Paulo Stark, a principal vantagem da tecnologia GSM deve ser o preço, mais acessível, uma vez que os componentes são mais baratos. “O GSM deve ser pelo menos 20% mais barato, pois detém 70% do mercado de telefonia móvel do mundo. A tecnologia foi concebida para ser global e aberta”, diz.
Outra vantagem do GSM está no fato de que é possível telefonar no exterior, desde que o operador tenha um contrato de roaming com o provedor no local. Mensagens de texto também funcionam em qualquer plataforma e internacionalmente. “Na prática, TDMA e CDMA não receberiam se estivessem fora da área de cobertura de origem”, afirma Stark.
Uma curiosidade dos aparelhos GSM é o uso do SIMCard (Subscriber Identity Module), cartão tipo chip que é colocado no telefone e que armazena as informações como agenda e identificador do usuário. Caso precise trocar de aparelho, é só tirar o SIMCard e colocá-lo em um novo celular para que todos os dados sejam transferidos, inclusive o número. Ao ligar para o antigo aparelho, o novo é que vai tocar. “O aparelho é apenas um corpo. Toda a inteligência e os dados do usuário estão no SIMCard. Ao colocar o SIMCard em outro telefone, você o usa como se fosse o seu”, afirma o diretor da divisão de telefonia móvel da Siemens, Humberto Cagno.
Segundo Stark, o GSM também pode oferecer funções adicionais, como desviar as ligações do celular para casa. “Pode-se fazer conferência a três, o que atualmente não é disponível em telefonia móvel”, diz Stark. O GSM também permite que o usuário tenha no aparelho um cartão multimídia, que permite salvar até 64 MB de arquivos, incluindo músicas em MP3, que podem ser ouvidas no celular.
Outra função do GSM é o Cell Broadcast, um tipo de transmissão de texto parecido com o SMS. As mensagens, endereçadas a todos os assinantes, têm até 93 caracteres e podem trazer informações de tráfego, previsão do tempo, programas de cinema ou eventos culturais.
Segundo Cagno, a chegada do GSM significa a real competição no mercado de celular no Brasil. “Atualmente, temos bandas A e B e usamos tecnologias digitais TDMA (Time Division Multiple Access) ou CDMA (Code Division Multiple Access). A TDMA está morrendo, e a tendência é migrar para GSM. Em dois ou três anos todas as operadoras no país vão trabalhar com GSM.”
A jornalista viajou a convite da Siemens.
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