A Varig informou nesta quinta-feira, por meio de sua assessoria de imprensa, que até o momento quatro empresas do setor aéreo deram o sinal de interesse na compra da companhia, cujo leilão está previsto para a próxima segunda-feira.

As empresas – Gol, TAM, OceanAir e AeroLB - depositaram R$ 60 mil cada para acessar o data-room, que disponibiliza o conjunto de dados e relatórios sobre a Varig. De acordo com as assessorias de imprensa dessas companhias, as equipes técnicas vão analisar os dados para então decidir se vão participar da operação de venda da Varig.

O consórcio franco-suíço representado no Brasil pela empresa de consultoria Azulis Capital, desistiu de participar do data-room e, em conseqüência, do leilão. A sócia da Azulis Capital Ivone Saraiva lamentou a decisão. "Eles estavam animadíssimos para entrar, mas aconteceram alguns fatos e, infelizmente, eles acharam melhor não participar".

Analistas do setor têm poucas perspectivas com relação ao leilão, já que o futuro comprador terá que injetar a capitalização imediata de R$ 75 milhões, sem ter a garantia de ficar com a Varig. Além disso, os slots de Congonhas (horários de vôos, atualmente inoperantes em São Paulo) não fazem parte do leilão, que prevê a venda somente da parte ativa.  

No leilão, os investidores terão duas opções de compra: a Varig Operacional, que engloba rotas domésticas e internacionais, cujo preço mínimo é de U$ 860 milhões; ou a Varig Regional, que detém apenas as linhas nacionais, com valor mínimo de U$ 700 milhões.

Caso o preço mínimo não seja alcançado, o edital prevê a possibilidade de acontecer uma segunda oferta por qualquer preço, desde que não seja um "preço vil". Nesse caso, o valor limite para a operação de venda da Varig será definido pelo juiz Luiz Roberto Ayoub, da 8ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, que preside o processo de recuperação judicial da empresa.