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MPE vai investigar ações das polícias civil e militar
31/03/2004 | 22:30
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O MPE (Ministério Público Estadual) decidiu investigar porque as Polícias Militar e Civil de São Paulo estão matando tanto e prendendo menos, como mostram as estatísticas dos últimos anos. A iniciativa foi tomada pelos promotores do Gecep (Grupo de Atuação Especial de Controle Externo da Atividade Policial), que instauraram nesta quarta-feira um procedimento administrativo para analisar a atuação das polícias e seus resultados.

A PM matou no ano passado 868 pessoas, o recorde desde 1992, ano do massacre da Casa de Detenção, quando 111 presos foram executados pela polícia. Por outro lado, no ano passado, a Secretaria da Segurança Pública amargou o recorde do número de roubos (175 mil na Grande São Paulo) ao mesmo tempo em que o número de prisões (97 mil) foi 17,7% menor que o de 2000 (118 mil) e 12% menor que o de 2001 (111 mil). As causas dessa relação do quanto se mata com o quanto se prende é que será apurada.

A secretaria usa outros números para responder. Segundo o órgão, houve aumento de 4% das armas apreendidas e de 8% das prisões em 2003, em comparação com 2002. Mas os totais ainda são menores que os de 2000 e 2001. "Em gestões anteriores houve aumento de todos os índices de criminalidade, ao contrário de agora", informa.

A portaria de investigação do MPE conta com a assinatura de todos os seis promotores do Gecep: Agueda Maria Barbosa Hajar, Arthur Pinto de Lemos Júnior, Fábio José Bueno, Gabriel Cesar Zacarias de Inellas, Paulo Penteado Teixeira Júnior e Renata Galhardo Cheuen Zaros.




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