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Bombril reforça investimento para manter vendas
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
01/05/2001 | 20:41
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A Bombril deverá fazer fortes investimentos no lançamento de produtos neste ano para manter estável o ritmo de crescimento das vendas e do lucro obtido no ano passado, segundo o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Joamir Alves. De acordo com ele, os novos itens deverão chegar ao mercado na medida da expansão da economia. O executivo disse que a notícia sobre a inflação de 1% em abril, medida pelo Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M), causou apreensão.

A Bombril divulgou balanço na semana passada mostrando pequena queda na receita líquida de vendas, de R$ 376.882 em 1999 para R$ 375.405 em 2000. Alves explicou que a diferença está na dificuldade em repassar preços ao tempo em que houve aumento dos custos dos principais insumos. O lucro líquido da Bombril também caiu 43%, de R$ 192,8 milhões em 1999 para R$ 83 milhões em 2000. O diretor alegou que o resultado do ano passado é satisfatório comparado ao histórico da companhia e ficou abaixo de 1999 porque naquele ano a Bombril contou com ganhos pela diferença cambial, já que houve desvalorização do real e a empresa possuía recebíveis em dólar. O balanço completo da Bombril estará disponível na publicação Quem é Quem no Grande ABC, levantamento completo das empresas da região realizado pelo Diário, que circulará em agosto.

O balanço da empresa menciona o acordo de intenções para a formação de uma joint venture com a Clorox, dos Estados Unidos, embora o negócio tenha sido abortado no mês passado pela empresa norte-americana, que alegou ter ficado frustrada durante o processo de due dilligence (verificação dos ativos da empresa a ser comprada). A Clorox pagaria US$ 200 milhões por 50% da futura Bombril Detergentes. Alves disse que a referência aparece no balanço apenas porque o desfecho do negócio não estava previsto na data de consolidação do balanço.

Novo parceiro – A Cragnotti & Partners, controladora da Bombril, dá sinais de que pretende continuar na busca de um novo parceiro para a joint venture diante da desistência da Clorox. Alves não confirmou o interesse e disse não saber quem seriam os candidatos à compra, mas deixou claro que o fechamento de capital da Bombril S/A continua em pé, sem restrição dos acionistas minoritários da empresa. A operação é exigida pela Comissão de Valores Imobiliários (CVM) como preparação para a criação da Bombril Detergentes. “Temos assembléia marcada para maio em que certamente será decidido o fechamento de capital da empresa”.




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