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MST e Incra acertam detalhes sobre retirada em Buritis
Do Diário do Grande ABC
22/11/1999 | 17:23
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A maioria dos sem-terra e assentados que esperava em frente a agência do Banco do Brasil, em Buritis , o resultado das negociaçoes entre o coordenadores do ovimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) e o Instituto Nacional de Colonizaçao e Reforma Agrária (Incra) deixou o local após o fechamento da agência, às 15 horas. Parte deles foi para um galpao aguardar instruçoes dos líderes e muitos voltaram para os assentamentos, especialmente mulheres e crianças. Eles reivindicam a liberaçao de R$ 3 milhoes para o plantio, antes do dia 30, e ameaçavam invadir o banco caso o dinheiro nao seja liberado.

Os militantes chegaram nesta segunda-feira a Buritis, depois de desmontar o acampamento em frente a Fazenda Córrego da Ponte, do presidente Fernando Henrique Cardoso. Uma comissao de 15 coordenadores está em Brasília negociando com o presidente do Incra, Orlando Muniz. Até esta segunda, apenas dois assentamentos tinham o crédito disponível no banco: o assentamento Barriguda 2 e Nova Itália.

A advogada do MST, Maria das Dores Reis Soares, confirmou que o movimento vai entrar na Justiça solicitando o ressarcimento aos cofres públicos pela utilizaçao do Exército para garantir a segurança da fazenda de FHC. Duzentos e cinqüenta soldados do Batalhao da Guarda Presidencial chegou a fazenda sexta-feira. Segundo a Polícia Militar, a maioria dos soldados do Exército já deixou a fazenda, mas o Exército nao informou quantos ainda permaneciam na Córrego da Ponte.

O líder Jorge Augusto Xavier de Almeida, que teve prisao preventiva decretada pelo juiz de Arinos, José Antônio Maciel, a pedido do promotor Alan Carrijo, continua foragido. A advogada Maria das Dores, disse que vai entrar com um pedido de habeas-corpus em favor do líder. Segundo Carrijo, há dois processos em Arinos contra Almeida. Um deles é por desmatamento ilegal no assentamento Barriguda e outro por perturbaçao da ordem e disparos de tiros. O promotor disse que já havia pedido a prisao temporária de Almeida, mas a polícia nao o prendeu. "A polícia nao cumpre o mandado porque eles têm medo de um novo Eldorado dos Carajás", disse.




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