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Certame da ETCD ainda sofre impasse
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
18/04/2011 | 07:46
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A licitação das linhas de ônibus da ETCD (Empresa de Transporte Coletivo de Diadema) ainda passa por impasses entre empresas interessadas na concorrência. Hoje encerra-se o prazo para as quatro participantes apresentarem tentativas de impugnação uma das outras. A partir daí, a previsão é que a Comissão Técnica Especial, da divisão de compras da Prefeitura, analise os pedidos e dê início à abertura dos envelopes com os valores da outorga onerosa, com piso de R$ 9 milhões.

O último recurso partiu da Viação Cidade Sorriso, empresa do Paraná, para desclassificar às companhias Rodoviária Metropolitana, Transportadora Turística Benfica e Viação Umuarama. Essa etapa de qualificação começou no dia 21 do mês passado e, desde então, as empresas promovem tentativas de impugnação entre si.

Antes de chegar ao atual estágio, o prefeito Mário Reali (PT) confeccionou três versões do edital de licitação, um impugnado pela empresa Auto Três Irmãos, de Jundiaí, e outro pela Cooperlíder, que opera em São Paulo. Surpreendentemente, nenhuma delas formalizou intenção em adquirir os 40% das linhas de transporte da cidade na terceira concorrência.

A privatização das linhas a cargo da ETCD foi um dos tabus superados por Reali. Durante a campanha de 2008, o petista prometeu tornar a empresa viável e com boa saúde financeira.

No entanto, a autarquia acumula dívidas em torno de R$ 110 milhões. A outorga paga pela vencedora deve ser utilizada para encargos com pessoal.

Modernização da frota, que tem sérios problemas mecânicos, e estancamento dos débitos foram alguns dos argumentos de Reali para licitar as linhas. O atual edital prevê que todos os veículos apresentados pela empresa sejam zero quilômetro e venham equipados de uma série de recursos eletrônicos, como GPS. A intenção é oferecer serviço de monitoramento dos veículos via internet.

O grande impasse administrativo é decidir o rumo da ETCD com o fim da licitação. Haverá extinção ou será transformada em gerenciadora do transporte coletivo? Se optar pela manutenção, Reali deseja tornar a empresa rentável para sanar, aos poucos, os restos a pagar deixados pela empresa. Procurada, a administração não informou a data precisa para término do certame e declaração da vencedora.




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