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Mairiporã: aventura na Serra da Cantareira
Anderson Amaral
Enviado do Diário do Grande ABC a Mairiporã
08/10/2003 | 19:24
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Pergunte a alguém que, com freqüência, utilize a rodovia Fernão Dias para se deslocar à região de Bragança Paulista ou ao sul de Minas Gerais sobre Mairiporã, situada a 31 km da capital, no extremo norte da Grande São Paulo. “Ah! É aquele povoadinho que fica entre Atibaia e o Túnel da Mata Fria”, se limitará a dizer, certamente. Mas conhecer que é bom... Pois saiba que o município – refúgio de muitos paulistas que trabalham na terra da garoa, mas escolheram a Serra da Cantareira para fixar residência – também tem lá seus encantos e, por conta deles, lentamente começa a despertar para o turismo, embora mantenha o jeitão de cidade-dormitório.

Salva do boom imobiliário ocorrido nas décadas de 70 e 80 graças à Lei de Proteção de Mananciais (que, aliás, cobrem 82% de sua área), Mairiporã ostenta as riquezas naturais como os seus maiores atributos. Situada no lado norte da Serra da Cantareira, extensa área coberta pelo que sobrou da Mata Atlântica, a cidade é ideal para a prática de esportes de aventura.

Se, para a maioria, Mairiporã é desconhecida, pelo menos uma tribo põe a cidade no seu roteiro obrigatório: os praticantes de escalada, que freqüentemente são batizados no esporte na Pedreira do Dib. Desativado nos anos 70 – depois que a extração atingiu um lençol freático e a parede rochosa começou a minar água, formando um imenso lago –, o local ganhou ares de ambiente natural e a vegetação cobriu os platôs. Logo, foi descoberto pelos montanhistas, que lá se divertem com as mais de 50 vias que variam entre 5 m e 85 m de altura e têm diversos níveis de dificuldade. Efeito colateral da fama e do fácil acesso (pela av. Coronel Sezefredo Fagundes, na Zona Leste da capital), a pedreira também é constantemente invadida por vândalos, que picham a parede e sujam o lago nos fins de semana.

Mairiporã também é conhecida dos trilheiros – que de moto, jipe ou bicicleta enfrentam as estradas de terra da região. As trilhas do Urubu e do Pinheirinho, na Serra da Cantareira, estão entre as mais freqüentadas. Entre um buraco e outro, vale a pena subir ao Pico do Olho d’Água, no bairro Sierra Madre. Do alto do morro de altitude superior a mil metros, cujo acesso corta uma área repleta de árvores nativas, tem-se uma vista panorâmica da região. De lá, também são comuns vôos de paraglider.

Outra atração de Mairiporã é a represa Paiva Castro, que se extende por aproximadamente 28 km desde o Centro até Franco da Rocha. Integrante do sistema Cantareira, que abastece 55% da Grande São Paulo, é procurada nos fins de semana por banhistas e pescadores – que, no verão, lotam as suas margens, transformando a represa num verdadeiro formigueiro. O local também é usado para a prática de esportes náuticos, como o jet-ski. A barragem de Sete Quedas, com acesso pela Estrada do Rio Acima, também é muito freqüentada nos dias de calor, assim como a cabeceira do rio Juqueri.




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