Turismo Titulo Em Tiradentes
Coletivo fomenta turismo local
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
09/01/2020 | 07:21
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Ari Paleta/Divulgação


Em 2013, após chuvas intensas e enchentes terem atingido boa parte do País – o que incluiu Tiradentes, que ficou 72 horas debaixo d’água, após rio transbordar –, os empresários locais sofreram forte golpe com a redução no número de turistas e baixa nas vendas. Ao se perceberem reféns da situação e avaliar que as ações de marketing, à época, não eram eficazes, cerca de 20 estabelecimentos se reuniram para formar o coletivo Tiradentes Mais, cujo objetivo era reunir recursos privados para voltar a atrair visitantes ao destino.

A primeira edição durou 30 meses e consumiu R$ 500 mil. Foram contratadas agência de publicidade, assessoria de imprensa, desenvolvidas ações de marketing digital e o resultado agradou tanto que uma segunda versão foi de meados de 2018 a dezembro do ano passado, com maior adesão, de 52 empresários, entre hotéis, restaurantes, agências de turismo, comércio, artistas que têm galerias, e aporte de R$ 309 mil, segundo Gabriela Barbosa, dona da Pousada Pequena Tiradentes e uma das coordenadoras do Tiradentes Mais. Ela conta que uma terceira etapa está em fase de estudos e deverá ser implementada no ano que vem.

“A visibilidade da cidade cresceu muito. O apelo turístico é forte”, avalia Ted Dirickson, também coordenador da iniciativa e um dos donos do Hotel Solar da Ponte. E o que Tiradentes tem de apelo? “Aqui é a mais completa em termos de ‘mineiridade’. Tem natureza, culinária, história, média elevada de hotelaria, povo muito bacana na rua que recebe muito bem, gosta de conversar. Você vai para Ouro Preto, a cidade é linda, mas não tem onde comer direito. Mariana também é linda, mas não tem uma boa hotelaria”, defende.

Dirickson pondera que ainda tem muito o que crescer, que, embora seus pais tenham aberto o hotel em 1972, e o boom turístico tenha se dado nos anos 1990, muita gente ainda desconhece o turismo, principalmente em São Paulo. “Tiradentes é uma joia. Excelente para descansar e também para vivenciar parte da história do País. De três a quatro dias você passa aqui sem monotonia.”

De fato, o trajeto desde a Capital é um pouco longo, mas vale cada uma das cerca de sete horas na estrada. A vantagem é que os cinco pedágios do trajeto são acessíveis, aos R$ 2,40 cada. E em uma das paradas, na Venda do Chico, em Três Corações, vale experimentar o sanduíche de linguiça, tomar um típico café mineiro e levar para casa molho de mostarda feito no local. Quem estiver mais abonado pode ir até Belo Horizonte de avião e alugar carro para percorrer as três horas que a separam de Tiradentes.

Ele cita que, na cidade, o gasto médio com hotelaria gira em torno de R$ 200 a R$ 250 por diária, mas lembra que o valor da hospedagem pode chegar a R$ 1.400. Os gastos com alimentação também variam muito, de R$ 30 a R$ 300. “Desde um pastel (de farinha de milho) na praça a um bacalhau português com vinho de primeira linha. O importante é que todos os produtos tenham autenticidade. E isso nós temos. Aqui tem de tudo para todos.”

PROGRAMAÇÃO

Tiradentes é destino que se preocupa muito em oferecer eventos sazonais, e praticamente todos os meses há algum. O próximo é a tradicional Mostra de Cinema de Tiradentes (24 de janeiro a 1º de fevereiro), em sua 23ª edição, seguido do Carnaval (21 a 26 de fevereiro), que atrai pelo aspecto familiar e blocos de rua, do 10º Festival de Fotografia (18 a 22 de março) e da Semana Santa (9 a 12 de abril). Para conferir a agenda e obter mais informações basta acessar o site www.tiradentesmais.com.br.
 




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