Um lugar ainda pouco conhecido no Brasil esconde paisagens de perder o fôlego. A Serra do Cipó, que divide as bacias dos rios São Francisco e Doce, em Minas Gerais, forma cenário único repleto de trilhas, corredeiras e belas cachoeiras. Enquanto a natureza encanta os olhos dos viajantes, a hospitalidade mineira se encarrega de despertar os outros sentidos: saborear a gastronomia local e ouvir os casos dos moradores é atração à parte.

O Parque Nacional da Serra do Cipó está localizado em Santana do Riacho e integra o circuito formado pelas cidades de Conceição do Mato Dentro, Congonhas do Norte, Dom Joaquim, Jaboticatubas e Nova União. A região integra a Cadeia do Espinhaço, tombada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em 2005, como Patrimônio Natural da Humanidade.

No verão, a serra atrai turistas com várias opções de cachoeiras e rios de água cristalina. A região recebe cerca de 100 mil pessoas por ano - só no Carnaval, reúne 30 mil.

Também já foi destino de mochileiros e praticantes de esportes radicais, que ainda encontram grande espaço na região, mas tem crescido o número de famílias e casais. Este público é hoje o principal foco do turismo local, que oferece, só no distrito de Serra do Cipó, em Santana do Riacho, mais de 60 pousadas e hotéis com mimos que vão desde piscina aquecida até banheira de hidromassagem, além de várias opções de restaurantes e alguns receptivos com guias cadastrados e condutores ambientais treinados. Passeios para a terceira idade são outra tendência, inclusive dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó

E o que não faltam são opções para explorar os principais atrativos naturais. Há a possibilidade de realizar o percurso a pé, com caminhadas leves, curtas, ou trajetos que variam de um a três dias. Para experiência mais radical também há pacotes de um dia em veículos 4x4 onde o próprio turista dirige ou é acompanhado por condutores que fazem as vezes de guia.

Para os mais corajosos, profissionais treinados também realizam circuitos de aventura. Escolha a melhor forma de desvendar este território mineiro e pé na estrada.

Circuito mapeou 38 trilhas

Embora a Serra do Cipó reúna atrações naturais praticamente intactas e o acesso seja feito por meio de estrada precária, com 30 quilômetros de terra batida, a região conta com trilhas preparadas para que o turista caminhe ou pedale com conforto e disponha de informações precisas de navegação e orientação.

Graças ao Roteiro de Natureza e Aventura traçado pela Associação de Circuito Turístico Serra do Cipó em conjunto com a Secretaria de Turismo de Minas Gerais, é possível contar com mapeamento, cartas de navegação e sinalização de 38 trilhas. Entre os principais pontos estão a Fazenda Cipó, a subida do Juquinha, a Trilha dos Escravos, o Pico da Lapinha, o Circuito Serra do Cipó de Cicloturismo, outro circuito para trekking e uma travessia específica para mountain bike.

As trilhas sinalizadas, feitas para caminhada, ciclismo e prática de escalada, interligam os seis municípios da região da Serra do Cipó para que o turista se aventure pelo circuito de forma planejada e organizada, desfrutando dos mais de 100 mil hectares de cerrado, campos rupestres e matas, além de rios, cachoeiras, cânions, cavernas e sítios arqueológicos preservados.