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Squarizi é o ponto de equilíbrio do Azulão
Analy Cristofani
Do Diário do Grande ABC
15/12/2001 | 18:59
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No primeiro semestre ele ganhou o título de pára-raios do elenco do Azulão. É dele ainda a função de interlocutor do técnico Jair Picerni com os jogadores. Nesta reta final de Campeonato Brasileiro, o auxiliar do treinador, Jair Squarizi, é o ponto de equilíbrio, aquele em quem os atletas buscam um pouco mais de confiança. "Procuro passar tranqüilidade, vou aos quartos, converso sobre o jogo, e também de outros assuntos", disse.

Com a chegada do São Caetano pelo segundo ano consecutivo em uma final de competição nacional, Squarizi sente que os jogadores que participaram daquela decisão contra o Vasco hoje já não apresentam a mesma ansiedade do ano passado. "Alguns estão repetindo a experiência e, por isso, estão mais calmos. Mas por mais experientes que sejam, o nervosismo sempre aparece". Repetem a experiência da Copa João Havelange o goleiro Sílvio Luiz, o zagueiro Daniel, o volante Serginho e os meias Adãozinho e Esquerdinha.

Para tentar amenizar o problema, Squarizi faz – assim como o preparador físico Flávio de Oliveira – um trabalho de muita conversa com os atletas. Em alguns casos, a melhor saída é tirar o jogador do quarto da concentração para que se distraia com outros companheiros. Outras vezes, a conversa é com atletas da mesma posição para que troquem figurinhas. "Faço eles discutirem novas idéias e opções para a partida", afirma o auxiliar-técnico, que também não escapa do nervosismo. "Mas pelo menos tento passar a imagem de que está tudo calmo. É ir de um em um e conversar muito".

Sem querer citar nomes, o auxiliar identifica outro tipo no elenco. É aquele que deita e não consegue dormir. "Ele fica virando de um lado para o outro na cama, vai passando todo o filme da competição. Estou desde 1978 no futebol e aproveito para contar a eles algumas passagens interessantes relacionadas a momentos como este".

Segundo Squarizi, o maior problema não é o jogador, mas o treinador de goleiros, Roberto Sagrillo. "Ele trava a língua, não consegue nem falar. No intervalo, não dá para ouvir o que ele diz". O técnico Jair Picerni, que extravasa durante o jogo, é quem mais se controla. "Ele é muito tenso, mas no intervalo da partida consegue passar tranqüilidade. Naqueles 15 minutos ele sempre fala para os jogadores que nada se resolve na marra".




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