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Conheça a Loya Jirga, a assembléia tradicional do povo afegão
Das Agências
05/12/2001 | 16:26
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A "Loya Jirga", que será realizada dentro de seis meses em Kabul, segundo os acordos firmados nesta quarta-feira pelos comitês afegãos reunidos em Bonn (Alemanha), é uma assembléia tradicional do povo do Afeganistão. Desta vez, "Loya Jirga" terá como tarefa debater e nomear um governo de transição, que substitua o regime Talibã no país.

A Jirga (ou assembléia) é uma instituição típica da etnia pashtun, a mais importante no Afeganistão, segundo o especialista sobre o país Louis Dupree, que assegura que a maioria dos grupo afegãos tem conselhos tribais, municipais ou regionais. A celebração de uma "Loya Jirga" está intimamente unida à história institucional do país.

O emir Abduhr Rahman (1880-1901) rechaçou as bases de um Estado afegão moderno e designou uma primeira "Loya Jirga", ou grande assembléia, que incluia os príncipes, a elite rural, os chefes religiosos. A Loya Jirga era convocada pontualmente para estudar questões cruciais do destino do país.

"Há uma regra no Afeganistão: a Loya Jirga decide o futuro do país", explicou Abdul Kakir, influente membro da Aliança do Norte, complexa coalizão de minorias que tomou Kabul em 13 de novembro.

Na Segunda Guerra Mundial (1939-1945), uma Loya Jirga decidiu que o governo do rei Zahir Shah decretaria a neutralidade do Afeganistão no conflito.

Em 1964, a 'grande assembléia' foi substituida pelo monarca, que opta por estabelecer uma asembléia Nacional e um Senado, que tiveram a missão de aprovar a nova constituição. Zahir Sha foi derrubado em 1973.

A última Loya Jirga foi realizada em 1987, sob a ocupação soviética (1979-1989), e nomeou Najibulana na liderança do Estado, que foi derrubado em 1992.




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