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Pólo Capuava investe US$ 1,5 bilhões
Roney Domingos
Do Diário do Grande ABC
27/01/2001 | 19:43
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Pelo menos US$ 1,5 bilhão: esta é a soma dos valores que as empresas do Pólo Petroquímico de Capuava vão destinar para a ampliação de plantas quando a duplicação da Petroquímica União (PqU) sair do papel.

A primeira parte do programa está a um passo da concretização, já que as negociações com a Petrobrás para o aumento da oferta de gás de refinaria para a produção de eteno foram agilizadas há duas semanas e estão prestes a ser concluídas, segundo um executivo da área.

Na fase inicial, a PqU vai investir US$ 100 milhões para ampliar a oferta de eteno em 130 mil toneladas/ano. Outros US$ 100 milhões serão aplicados pela Polietilenos União para absorver todo o eteno excedente e ampliar a produção de polietileno das atuais 160 mil para 270 mil toneladas/ano.

A PqU vai fazer com que a produção de eteno passe de 500 mil para 1,26 milhão de toneladas/ano. A duplicação depende do aumento de oferta de nafta pela Petrobras ou da compra direta no exterior, embora esta segunda opção tenha menos força em função da falta de infraestrutura para importação do insumo.

O aumento de capacidade vai exigir investimento de US$ 500 milhões da central e já atrai outros US$ 610 milhões das empresas instaladas no pólo que têm projetos prontos para ampliação da produção.

A PqU estima investimentos diretos e indiretos no pólo em torno de US$ 2 bilhões. A duplicação deverá consumir dois anos e um tempo indefinido de negociações com a Petrobras. Quando sair, deverá dobrar o número de postos de trabalho nas empresas do pólo.

O total de investimentos ainda vai receber novas adições porque empresas como a Univen Petroquímica – que utiliza insumos petroquímicos – ainda estudam o tipo de produção a ser desenvolvido em Capuava. A Univen é dona de um terreno de 110 mil m² dentro do Pólo de Capuava. O diretor comercial da empresa, William Sidi, disse que o projeto está mantido em sigilo e a empresa definirá em seis meses o que produzirá.

Os projetos da Companhia Brasileira de Estireno (CBE) para ampliação de produção serão investidos na planta da empresa em Cubatão, mas aumentam a receita de Mauá. O mesmo acontece com a Union Carbide, que ainda não definiu projetos por causa das mudanças no controle da companhia. A demora na ampliação traz riscos de baixa. O projeto da Basf e da Dow para produção de monômero de estireno pode migrar para Camaçari (BA) ou Triunfo (RS) como alternativas a Capuava.




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