A Secretaria de Finanças da Prefeitura de Diadema já autorizou a suplementação de verba no Orçamento no valor de R$ 1 milhão para a administração pagar as rescisões contratuais de trabalho por conta da abertura de um novo PDV (Programa de Demissão Voluntária). Esse será o segundo PDV desde que o prefeito José de Filippi Júnior (PT) assumiu o governo, em janeiro do ano passado.

Em 2001, houve 83 adesões e a estimativa agora é de que haja outras 100, segundo informou o secretário de Finanças, Sérgio Trani. “A idéia é de que a economia com a folha atinja entre R$ 300 mil e R$ 500 mil por mês”, avaliou o secretário.

Caso essa previsão se concretize, a folha de pagamento deve consumir 51% da receita. Hoje, ela está em 52,8%. Os gastos mensais com pessoal em Diadema atinge R$ 8,85 milhões. No ano passado, os gastos atingiam R$ 10 milhões, mas com alguns cortes, adequações e demissões de 110 servidores, o governo de Filippi conseguiu reduzir os valores.

A abertura do segundo PDV foi aprovada pela Câmara Municipal no mês passado. O Executivo, autor do projeto, argumentou aos vereadores de que precisava reduzir mais gastos com pessoal para abrir espaços para novos investimentos na cidade. Outro argumento é de que há a necessidade de racionalizar o trabalho de alguns setores da Prefeitura, porque muitos setores terão mão-de-obra ociosa em decorrência de processos de informatização e o redesenho de fluxos de trabalho.

“O PDV será localizado. Ele não vai ser aberto para todos os funcionários da Prefeitura”, disse o secretário de Finanças.

Incentivo – O incentivo ao desligamento voluntário na Prefeitura de Diadema consistirá em indenização proporcional ao tempo de serviço, paga à razão de uma unidade de indenização (correspondente à referência salarial do cargo que exerce) para cada ano completo de serviço ou fração superior a seis meses. Serão agregados os adicionais por tempo de serviço e da quarta parte.