Os produtos farmacêuticos estao entre os segmentos da indústria química. Os empresários do setor argumentam que o crescimento acelerado das importaçoes destes insumos está relacionado ao maior números de empresas instaladas no Brasil, que compra boa parte das matérias-primas de suas matrizes.
Na avaliaçao de Clarice Seibel, diretora do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp, "as previsoes de crescimento do setor para este ano estarao condicionadas a novos investimentos. O setor químico ainda participa timidamente no saldo da balança comercial por conta do alto volume de suas importaçoes, mas irá investir bastante este ano", disse ela.
Outro fator a ser considerado, segundo a diretora, é o crédito no setor financeiro, que irá aumentar consideravelmente o volume de financiamentos no setor petroquímico, que terá impacto no consumo de bens duráveis.
Neste sentido, algumas empresas do segmento de produtos químicos industriais, como a Cloroestil, que trabalha com 100% de sua capacidade instalada, prevê investimentos da ordem de US$ 500 mil neste ano em obras de ampliaçao de sua planta.
Em janeiro, a produçao da indústria química recuou 0,5% em comparaçao a dezembro. A previsao do desempenho deste setor para fevereiro foi reavaliada pela Fiesp, passando de um crescimento da produçao de 0,4% para 1,3%. Para março, espera-se a continuidade da recuperaçao, com a produçao avançando 1,6%. "A produçao química costuma retrair-se em dezembro e janeiro, reagindo a partir de março, quando os demais segmentos elevam a demanda por produtos químicos. Este ano, a boa surpresa foi que o processo de recuperaçao já começou em fevereiro", disse Clarice.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.