Em um ano a Prefeitura de Santo André detectou a existência de 2,2 milhões de cartões do SUS (Sistema Único de Saúde) ligados à cidade. É evidente que algo está muito errado, pois o número está próximo do total de habitantes do Grande ABC e corresponde a mais que o triplo dos munícipes andreenses (718.773), segundo os dados computados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Outro apontamento verificado pela Secretaria da Saúde do município foi a vinculação de 400 mil usuários do SUS ao CHM (Centro Hospitalar Municipal), bem mais que a metade de todos os moradores em uma única unidade de saúde.

Diante de sinais tão evidentes de falhas (para não dizer fraudes), torna-se urgente a adoção de medidas que venham a sanear o sistema e oferecer aos verdadeiros usuários maneiras mais ágeis de acesso aos serviços de saúde que são disponibilizados. E para que isso ocorra, o único caminho é o uso da tecnologia. É necessário informatizar os equipamentos.

A boa notícia é que até o fim do primeiro trimestre do próximo ano a pasta deverá ter implantado ferramenta digital que cuidará do gerenciamento da área. Permitindo aos cidadão escolher a unidade de saúde mais próxima de sua residência e ao poder público sanear o cadastro e eliminar as inscrições que não se enquadram nos parâmetros estabelecidos.

Saúde é um tema importante e Santo André não é a única cidade do Grande ABC a ter seus sistema inflado. Neste ano, São Caetano também tomou medidas para afastar os chamados ‘turistas’, pessoas que moram em locais menos assistidos e que utilizam os equipamentos municipais, superlotando e causando transtornos aos moradores.

É claro que não se deve negar atendimento a quem precisa, independentemente de seu endereço. Entretanto, é preciso que se tenha controle. É a única forma de tornar o serviço mais dinâmico e funcional.