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Musa do rock new wave brasileiro nos anos 1980, compositora de hits e intérprete amadurecida pela prática e a paixão pelo ofício. Em 25 anos de carreira, a vocalista do grupo Kid Abelha, Paula Toller, expôs ao grande público todas essas facetas.
No próximo fim de semana (dias 19 e 20), ela retorna ao palco do Citibank Hall, em São Paulo, para mostrar o repertório de seu segundo CD solo, Sónós. Os ingressos vão de R$ 60 a R$ 150. Lançado em 2007, o disco tem uma sonoridade influenciada pelo jazz, a bossa nova e o folk.
Durante o show, não devem faltar canções como Meu Amor Se Mudou pra Lua e À Noite Sonhei Contigo, além de músicas do primeiro disco da cantora, Paula Toller, gravado em 1998. Há também espaço para releituras de 1.800 Colinas, da sambista Beth Carvalho, e Saúde, da veterana roqueira Rita Lee.
No palco, Paula divide os holofotes com o grupo de apoio formado por Adal Fonseca (bateria e percussão), Jorge Aílton (baixo e backing vocal) e Jam da Silva (percussão e backing vocal). A banda conta ainda com os multi instrumentistas Caio Fonseca (piano, teclados, violão e backing vocal) e Coringa (guitarra, violão, bandolim e backing vocal).
Em entrevista concedida por e-mail ao Diário, ela fala sobre o novo trabalho, a dobradinha musical com o ex-guitarrista do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos, e o futuro do Kid Abelha, que está em recesso por tempo indeterminado.
Paula Toller – Show. Dias 19, às 22h; e 20, às 20h. No Citibank Hall – av. Jamaris, 213, São Paulo. Tel.: 6846-6040. Ingr.: de R$ 60 a R$ 150.
DIÁRIO – Seu novo CD, Sónós, conta com as participações de diversos músicos nacionais e estrangeiros. Como surgiu a idéia de trocar experiências com artistas internacionais, como o cantor norte-americano Donavon Frankenreiter e o canadense Rufus Wainwright?
PAULA TOLLER – Minha terra é a música e minha casa é o palco. Qualquer um que viva essa experiência é meu patrício. Foi impressionante como, uma vez emitido o sinal de fumaça, responderam vários artistas muito bons.
DIÁRIO – O disco foi lançado nos Estados Unidos, no Canadá e em diversos países da Europa, como Inglaterra, Suíça, Irlanda e Portugal. Você pretende fazer shows de divulgação nesses lugares?
PAULA – Pretendo viajar agora para divulgar e marcar alguns shows por lá. Será mais um novo começo entre tantos que estou vivendo.
DIÁRIO – Além das músicas de seus dois discos, o show conta com algumas releituras, entre elas a de Saúde, da cantora Rita Lee. Como você escolheu as versões que fariam parte do repertório das apresentações?
PAULA – São músicas que dialogam com as do meu disco. Saúde está junto com Pane de Maravilha e Eu Quero Ir pra Rua, que falam sobre as paranóias urbanas. A Rita está no meu DNA e não poderia faltar.
DIÁRIO – Como foi trabalhar com seu marido, o cineasta Lui Farias, que também assina a direção de arte do show?
PAULA – Além de cineasta, o Lui é arquiteto, e dividiu a direção de arte e cenografia com o artista plástico Afonso Tostes. Os dois estavam muito afinados com o conceito do disco e as minhas idéias para o show, de criar um ambiente íntimo e trazer a platéia para dentro do palco. Daí os espelhos convexos retrovisores, desses de rua.
DIÁRIO – Saindo um pouquinho das questões sobre o show e o novo disco, como foi compor o tema do longa-metragem infanto-juvenil Os Porralokinhas, dirigido pelo Lui? Aliás, o ex-guitarrista do Legião Urbana, Dado Villa-Lobos, responsável pela direção musical do filme, é seu parceiro freqüente. Como é trabalhar e compor com ele?
PAULA – Eu e o Dado temos uma amizade pessoal, familiar, e uma cumplicidade muito grande pela história paralela que vivemos com nossas bandas. As trilhas dele para cinema são fabulosas, e ficou muito legal o que ele fez com a música O Bicho Pegou, uma mistura de rap, Os Saltimbancos e hino de desenho japonês.
DIÁRIO – Você costuma ouvir músicas antigas que gravou? Quando olha para trás, como avalia sua maneira de cantar nos anos 1980, início da carreira?
PAULA – Comecei com estilo próprio e isso atraiu as pessoas, independentemente da técnica. Técnica a gente aprende, estilo você tem ou não tem. Não ouço as coisas antigas porque só presto atenção nos defeitos (risos).
DIÁRIO – Existe alguma previsão de retorno do Kid Abelha aos palcos?
PAULA – Estamos conversando, mas ainda não há nada definido.
DIÁRIO – Vocês pensam em seguir o exemplo de outros colegas de geração, como Titãs e Barão Vermelho, que lançaram biografias?
PAULA – Temos muito material fotográfico bom, talvez uma fotobiografia.Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.