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Dólar alto não preocupa importadores de máquinas
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
15/10/2008 | 07:09
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Divulgação


O dólar mais forte em relação ao real, de forma geral, não preocupa os importadores de máquinas e equipamentos para uso industrial, que vêem atualmente como fator de entrave para os negócios não a taxa cambial, mas a oscilação brusca da cotação da moeda.

"Não somos prejudicados pela taxa do câmbio, mas pela instabilidade. Isso paralisa os negócios, porque não sabemos qual vai ser o custo e os clientes ficam sem saber quanto vão pagar", disse o presidente da Abimei (Associação Brasileira de Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais), Thomas Lee.

Para o dirigente, o dólar a R$ 1,60 ou a R$ 2,40 não atrapalha - mesmo que nesse último valor, os produtos adquiridos de empresas de outros países entrem no Brasil mais caros. Na sua avaliação, os compradores não adquirem máquinas porque estas são mais baratas, mas sim porque existe demanda atualmente no País.

Lee acrescenta que, apesar da instabilidade causada pela crise financeira internacional, o mercado no segmento está aquecido e deve crescer pelo menos 10% este ano, passando de US$ 2 bilhões para US$ 2,2 bilhões de faturamento.

"Não é variação do dólar que trará problemas. O Brasil é plataforma de exportação e pode se tornar mais competitivo na produção de carros, aviões etc", afirma o gerente geral da Probe, de São Bernardo, Edson Truszko, que participa nesta semana de uma feira do segmento organizada pela Abimei. A empresa, que importa máquinas para o controle de qualidade de indústrias, está crescendo 20% neste ano e projeta manter o ritmo em 2009.

Outra importadora da região, a Scanner, sediada em Santo André e representante de marcas de máquinas-ferramentas de Taiwan, deverá crescer 10% em vendas neste ano. O gerente técnico comercial, Paulo Dias, cita que a crise até agora não provocou cancelamento de encomendas, mas houve adiamento de decisões de compra. "Adiaram um pouco em função da instabilidade do dólar", disse.




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