A perícia que analisou as gravações telefônicas de uma ligação feita para traficantes afirmou, nesta segunda-feira, que a voz é mesmo do presidente da Associação de Moradores da Rocinha, Willian de Oliveira. Segundo o Jornal Nacional (Rede Globo), o perito Ricardo Molina afirmou que não é possível afirmar se houve montagem na gravação.

Até agora, seis policiais militares foram detidos acusados de receber propina de traficantes. Segundo o chefe da Polícia Civil, delegado Álvaro Lins, William era o responsável pelo repasse das propinas dadas pelos traficantes daquela favela para a ex-presidente da Associação, Maria Luíza Carlos, 36 anos, presa no dia 22 de fevereiro. Ela acusou William de Oliveira de ter ligações com criminosos.

Willian de Oliveira foi preso no dia 23 de fevereiro, mas passou somente uma semana na prisão, pois conseguiu um habeas-corpus.

Os trechos das gravações de Willian com os traficantes foram exibidos pelo Jornal Nacional. O grampo teve autorização judicial. Agora, o Jornal Nacional teve acesso a novos trechos de conversas gravadas pela polícia e, segundo as investigações, o líder comunitário da Rocinha teria repassado a traficantes da favela informações obtidas com autoridades.

A história se refere ao roubo de três fuzis do Forte de Copacabana, no ano passado. O Exército subiu os morros do Rio. Segundo a polícia, durante a primeira incursão, William teria conversado com um traficante da Rocinha conhecido como Soul.