O aquecimento do mercado automotivo, cujas vendas de veículos são impulsionadas pela facilidade na concessão de crédito e pelo alongamento dos prazos de financiamento, traz de ‘carona' o crescimento da comercialização de seguros de proteção financeira oferecidos pelas concessionárias quando o consumidor fecha a compra do carro. Profissionais da área estimam em 10% a 15% o aumento das vendas dessas apólices.

Os compradores que optam pela cobertura que garante quitação de até seis parcelas (dependendo da empresa contratada) do financiamento do automóvel pagam cerca de 3,5% a mais do preço total da divida.

A gerente de vendas da Avel, Ednéia Vedovato, explica que o serviço disponibilizado pela VVD Corretora de Seguros, do Banco Volkswagen, cobre a perda do emprego e também acidente e falência do cliente. "Nos últimos 12 meses verificamos aumento na procura entre 10% e 15%."

Segundo Ednéia, no caso de morte e invalidez, a Volkswagen quita o saldo devedor do cliente - prática que não é generalizada. Há instituições que só cobrem o primeiro ano de financiamento.

Para o segurado que perdeu o emprego ou tem incapacidade física total e temporária, a empresa paga seis meses da dívida, com o limite de R$ 1.600 por parcela.

A gerente de seguros da Viamar, Eliane Oliveira, destaca que cerca de 20% a 25% dos compradores de carros zero quilômetro ou usados agrega o pacote Seguro Gmac Plus, da seguradora Cardif do Brasil. "Nos dois últimos anos, esse número era de até 10%, ou seja, dobrou o volume de adesões neste ano", diz Eliane.

No caso de desemprego involuntário de segurado com carteira assinada, a cobertura da Viamar contempla o pagamento de até quatro parcelas do financiamento, no valor de até R$ 1.500 por mês.

Nessa modalidade, o cliente precisa cobrir carência de 31 dias. Eliane esclarece que a empresa também cobre incapacidade física total ou temporária, morte e invalidez permanente ou total por acidente e morte acidental no veículo financiado.