Política Titulo
Mudanças na Apae são discutidas em São Caetano
Jessica Cavalheiro
Do Diário do Grande ABC
30/07/2010 | 08:59
Compartilhar notícia


Durante prestação de contas da Secretaria de Saúde de São Caetano realizada ontem na Câmara, cerca de 20 pessoas, principalmente mães de crianças atendidas pela Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), estiveram presentes para questionar se haverá mudança na prestação de serviço da entidade - contrato com a Prefeitura vence dia 4.

Algumas mães afirmaram ter recebido telefonemas de funcionários do Executivo, dizendo que os procedimentos neurossensoriais, atualmente realizados pela Apae, deixariam de ser feitos.

Os atendimentos especializados são mantidos por meio de verba mensal - cerca de R$ 110 mil ao mês - repassada pelo governo federal.

De acordo com a Prefeitura, os serviços não deixarão de ser prestados, mas com o contrato prestes a vencer, a Secretaria de Saúde é quem ficará responsável pelos atendimentos, até "definir o que será feito". "O município fará todo atendimento de neuropsiquiatria, neuropsicologia, neuropediatria e multidisciplinar", informou a Prefeitura, por nota.

Inicialmente, os acompanhamentos vão ser feitos na Usca (Unidade de Atendimento à Saúde da Criança e Adolescente) e futuramente transferidos para unidade que está sendo contruída no antigo prédio do pronto-socorro.

O vereador Jorge Salgado, que é presidente da Apae, entendeu a preocupação das mães, porém garantiu que apesar de a entidade deixar de ter o repasse, os trabalhos na associação "continuarão sendo muito mais que uma simples educação especial". "A Apae trabalha com a parte pedagógica e terapêutica, por exemplo, há 40 anos independente da verba que recebia do governo. É claro que, sem o investimento, o atendimento pode ser prejudicado, mas não deixaremos de prestar serviços que são indispensáveis para o tratamento das pessoas especiais", afirmou o vereador, ao apoiar a iniciativa da Prefeitura.

TESTE - Em fevereiro, o teste do pezinho feito pela Apae passou a ser realizado pela rede de Saúde Pública do Grande ABC. O serviço prestado pela associação começou a ser colocado em dúvida no ano passado, quando a Secretaria de Saúde recebeu ofício do Ministério Público pedindo documentos sobre o convênio. A Prefeitura resolveu instalar auditoria que revelou que a instituição estaria realizando exames e tratamentos de crianças e adolescentes que vivem em outras regiões, como Osasco e Guarujá.

CONTAS - No primeiro semestre do ano, a Prefeitura não recebeu nenhum repasse financeiro por parte do governo do Estado. A informação foi passada ontem durante prestação de contas do segundo trimestre da Saúde.

De janeiro a junho, foram empenhados 29,86% do orçamento municipal na Pasta, sendo que apenas 21,30% foram pagos no período. Ao todo, durante o ano, o investimento na área foi de R$ 78,1 milhões, sendo R$ 65,3 milhões (84%) de repasse municipal, R$ 12,8 milhões (16%) federal e R$ 58 mil de juros.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;