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Caso Parmalat correrá em segredo de Justiça
Izabela de Paula
Do Diário OnLine
30/01/2004 | 21:58
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O caso da Parmalat Brasil S.A irá tramitar em segredo de Justiça. O pedido foi feito nesta sexta-feira pelo Ministério Público, pelo presidente da Parmalat, Ricardo Gonçalves, e pelo Banco Sumitomo — credor de uma dívida de R$ 10 milhões da companhia italiana. A solicitação foi acatada pela 42º Vara Cível de São Paulo, que cuida do processo, informou o diretor da divisão, Rogério Toledo Arruda.

A companhia garantiu que depositará nesta sexta-feira os salários dos seis mil funcionários no país. Representantes da multinacional italiana se reuniram pela manhã com o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, e outros sindicalistas.

Segundo Paulinho, o diretor de Recursos Humanos da empresa, Marcos Dalposo, informou que a Parmalat conseguiu desbloquear parte dos recursos do Banco do Brasil e poderá pagar os salários dos funcionários. O BB havia bloqueado o montante para pagar as dívidas da empresa com o banco.

Também participaram da reunião o presidente da Federação dos Trabalhadores da Alimentação do Estado, Melquíades Araújo, e representantes de recursos humanos da empresa.

Depoimento - Após prestar depoimento à Justiça de São Paulo, nesta sexta-feira, o presidente da Parmalat brasileira, Ricardo Gonçalves, afirmou estar otimista com o plano de recuperação da empresa. Segundo ele, a companhia cumprirá a promessa e pagará os salários atrasados até as 0h de sábado.

A audiência com Gonçalves foi requisitada pelo juiz Carlos Henrique Abrão, da 42ª Vara Cível de São Paulo, e durou cerca de três horas.

Renuncia - Nesta sexta-feira, três membros do Conselho de Administração da Parmalat Brasil S.A — Ana Paula Karsten, Ingrid Ribeiro de Mendonça e Ivan Delfin Zorzo, renunciaram do cargo para dar lugar a representantes dos bancos credores. O objetivo, de acordo com a empresa, é facilitar as negociações de entrada de recursos na empresa.

Na quarta-feira, a Parmalat Participações do Brasil Ltda e a Parmalat do Brasil S.A. Indústria de Alimentos entraram na justiça com pedido de concordata preventiva na justiça paulista. A empresa se comprometeu a pagar integralmente os credores em dois anos, com 40 % dos débitos saldados no primeiro ano de concordata e o restante no fim do ano seguinte.

Com Agências




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