O secretário-adjunto de Educação do Estado, Hubert Alquéres, qualificou como “falha no planejamento” da Prefeitura de Diadema o fato de o município querer “empurrar” para o Estado as 900 crianças da rede municipal que correm o risco de ficar de fora da cobertura do ensino fundamental. “Elas vão ter de ir para escolas do Estado e colaborar para a superlotação das classes”, afirmou Alquéres.

Esta foi a primeira vez que um integrante da cúpula da Educação Estadual admitiu a possibilidade de o Estado arcar com a responsabilidade que o município já alegou não poder atender. “Se tivessem nos avisado em agosto, quando fizemos o censo da educação no Estado, teríamos tido maneiras de nos planejar”, disse Alquéres. “Eles receberam R$ 2,6 milhões pelos alunos que estão matriculados no ensino fundamental da prefeitura e agora querem nos devolver a responsabilidade de arrumar as vagas”, afirmou Alquéres. A opinião do governador foi a mesma.

Disputa verbal – Durante a última semana, a secretária de Educação do Estado, Rose Neubauer, e a secretaria municipal de Educação de Diadema, Lizete Arelaro, travaram verdadeira disputa sobre quem seria o responsável por arrumar as vagas para os alunos e nenhuma das duas cedeu. Alckmin afirmou que o problema de Diadema é único no Estado neste ano.

O governador afirmou que é inadmissível uma criança ficar menos do que cinco horas em uma escola. “Lugar de criança é na sala de aula. Escola moderna tem de ter laboratório, computador, tem de propiciar a integração do aluno e da família nos finais de semana”, disse. “Eu sé estudei em escola pública”, afirmou ainda o governador.