Seis pessoas morreram e outras duas ficaram feridas durante uma operação conjunta de policiais civis e militares no Complexo do Alemão, no Rio. A ação da Core (Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil) e do Bope (Batalhão de Operações Especiais da PM) durou cerca de sete horas. Participaram da ação 40 policiais do Core e 70 do Bope.

A Secretaria de Segurança informou que entre os mortos quatro eram traficantes. A quinta vítima, o auxiliar de serviços gerais de supermercado Carlos Alberto da Silva Fernandes, de 47 anos, foi alvo de bala perdida e não tinha envolvimento com o tráfico. A sexta vítima não foi identificada pela polícia.

Moradores do Complexo carregaram o corpo de Fernandes e protestaram contra a violência. Acusaram o Bope pelo crime e jogaram paus e pedras contra eles. Os policiais dispersaram a multidão com tiros para o alto. Um policial do Bope negou a acusação. “Os traficantes atiram sem direção e acertam os próprios moradores. Mas eles não podem protestar contra os bandidos e se viram contra a gente.”

O governador do Rio, Sérgio Cabral, disse que a operação realizada foi para checar a informação de que havia um paiol do Comando Vermelho no local.

Falsa Blitz - O cabo da PM Maurício dos Santos Vasconcellos foi morto com seis tiros por um grupo que fazia falsa blitz na Avenida Brasil terça-feira pela manhã. Os assaltantes o identificaram como policial e resolveram matá-lo. A PM ocupou a Favela Chaves para tentar capturar os bandidos, mas até o fim da tarde, ninguém havia sido preso.